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Economia

Prévia da inflação acelera para 0,33% em julho, com avanço da energia elétrica

IPCA-15 veio acima da expectativa de mercado, apesar de queda no preço dos alimentos pelo segundo mês seguido. Passagens aéreas e corridas por app de transportem têm salto.

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Medida pelo IPCA-15, a prévia da inflação de julho acelerou para 0,33%, após o índice fechar o mês passado com alta de 0,26%. O resultado foi, principalmente, puxado pelo aumento da conta de luz, já que o custo médio da energia elétrica subiu 3%. Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (25/7).

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O resultado de julho veio levemente acima do esperado pelos analistas, considerando que a mediana das projeções de mercado, compilada pelo Valor Data, ficou em 0,31%. No acumulado em doze meses, o mercado esperava algo em torno de 5,28%, patamar próximo ao de junho (5,27%). Mas veio 5,30%.

Reajustes na conta de luz

Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, a maior variação ficou com Habitação, cujos preços no subiram 0,98%. O principal impacto veio da energia elétrica, que avançou, em média, 3,01% em julho.

O aumento está ligado a três motivos. Um deles é a manutenção da bandeira vermelha patamar 1, que cobra um adicional de R$4,46 a cada 100kwh consumidos, cobrada desde o mês passado.

O outro é uma série de reajustes tarifários praticados pelas concessionárias em Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e São Paulo. Além disso, foram reajustados os valores da taxa de água e esgoto em Brasília e Curitiba.

Alimentos têm segunda queda consecutiva

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Os preços dos alimentos e bebidas, que têm peso maior no orçamento das famílias de baixa renda, tiveram a segunda queda mensal seguida. O recuo foi de 0,06%, após uma queda de 0,02 em junho.

O custo da alimentação no domicílio, que representa o custo dos produtos na gôndola, caiu 0,4% em julho, ante a variação de -0,24% observada em junho. As principais retrações foram observadas no custo da batata-inglesa (-10,48%), da cebola (-9,08%) e do arroz (-2,69%). No lado das altas, porém, o destaque foi o tomate (6,39%), depois da queda de 7,24% no mês anterior.

Já na alimentação fora de casa, os preços aceleraram de 0,55% em junho para 0,84%. Os lanches subiram, em média, 1,46%, enquanto o custo da refeição avançou 0,65%.

Veja abaixo a variação dos grupos em julho

Alimentação e bebidas: -0,06%
Artigos de residência: -0,02%
Comunicação: 0,11%
Despesas pessoais: 0,25%
Educação: 0,00%
Habitação: 0,98%
Saúde e cuidados pessoais: 0,21%
Transportes: 0,67%
Vestuário: -0,10%

O grupo Transportes subiu 0,6% em julho, puxado pela alta das passagens aéreas, que ficam 19% mais caras no mês de férias. O transporte por aplicativo, por sua vez, subiu 14,55% e também contribuiu com a alta. Em contrapartida, os combustíveis tiveram queda de 0,57% em julho, com recuos no gás veicular (-1,21%), óleo diesel (-1,09%), etanol (-0,83%) e gasolina (-0,50%).

Já o grupo Despesas pessoais, que variou 0,25%, teve como principal destaque o reajuste de preços nos jogos de azar na casa de 3,34%, em vigor desde o dia 9.

Em Saúde e cuidados pessoais, a alta de 0,21% foi puxada pelo plano de saúde, que subiu subiu 0,35%, em razão dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Copom se reúne na próxima semana

O resultado do IPCA-15 de julho ajuda a calibrar as expectativas dos analistas para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que se reunirá entre 29 e 30 de julho para definir a taxa básica de juros, a Selic, hoje em 15% ao ano.


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