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Economia

Poupança vence a inflação e tem primeiro ano de ganho real desde 2018

Levantamento mostra que a aplicação mais popular entre os brasileiros registrou rentabilidade real de 2% em 2022.

A retirada líquida da poupança é a maior registrada desde 2017. (Foto:Internet/MoneyInvest)

Em 2022, a poupança teve o primeiro ano de rendimento real desde 2018, após três anos de ganhos abaixo da inflação oficial do país. No ano passado, a aplicação financeira mais popular do país registrou rentabilidade de 2%, já descontado o aumento de preços pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

A rentabilidade real de um investimento é a variação registrada pela aplicação em determinado período, descontada pela inflação desse intervalo de tempo. Em 2022, o IPCA, que reflete a inflação oficial do país, teve um avanço de 5,79%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Estamos falando sobre o quanto esse investimento teve de lucro, já descontando a inflação, é o quanto você ganhou de poder de compra com este investimento”, afirma Tiago Feitosa, consultor de valores mobiliários e professor na T2 Educação.

Exemplo: Imagine que um investimento de R$ 1.000,00 rendeu 10%, tendo, então, um novo valor nominal de R$1.100,00. Se a pessoa que investiu utilizaria esse dinheiro para comprar um bem, é necessário estar atenta, também, à variação do preço do produto. Se o objeto desejado custava R$ 1.100 na data em que o investimento foi feito, com o passar do tempo, até que o prazo do investimento acabasse, o valor do produto poderá ter variado por conta do aumento da inflação. Assim, mesmo que o investimento tenha entregado uma rentabilidade, ela não foi o suficiente para manter o poder de compra do investidor.

José Eduardo Daronco, analista da Suno Research, explica que é justamente por isso que o investidor deve estar atento ao retorno real dos investimentos, uma vez que é só assim que se conhece a rentabilidade para além da inflação, que corrói o poder de compra da população. “Ao investir, sempre precisamos analisar a rentabilidade real dos investimentos. Ou seja, a rentabilidade depois de superada a inflação. De nada adianta um investimento ter rendido 8% se a inflação foi 10%, no período, por exemplo. Portanto, o investidor deve considerar sempre que o investimento deve superar a inflação e seu retorno deve estar ajustado ao risco dele”, explica.

 

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