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Economia

Pesquisa mostra que 70% de brasileiros têm mais de três contas em atraso

Quatro em cada dez brasileiros se consideram muito endividados, diz ainda a pesquisa feita pela empresa de inteligência analítica Boa Vista.

O número de consumidores endividados têm subido no país nos últimos meses, e com um volume de dívidas cada vez maior. Quatro em cada dez brasileiros se consideram muito endividados. O patamar de 42% é maior do que os 32% registrados no segundo semestre de 2021, e também superior aos 37% da primeira metade do ano passado. Os dados são de uma pesquisa feita pela empresa de inteligência analítica Boa Vista. O levantamento ouviu 1.500 pessoas de todo o país.

Ainda de acordo com o levantamento, para 43% dos brasileiros, os débitos em atraso aumentaram no último semestre, patamar acima dos 33% registrados no mesmo período de 2021 e dos 40% dos primeiros seis meses de 2022.

O levantamento também identificou que a inadimplência atinge principalmente os mais pobres: 68% fazem parte das classes D e E. As mulheres são a maior fatia entre esse público (56%), que tem principalmente de 18 a 30 anos de idade (35%).

A pesquisa mapeou ainda que 67% dos consumidores consultados já têm mais de 50% da renda comprometida com o pagamento das contas, contra 58% no semestre anterior e 57% no mesmo semestre de 2021.

Além disso, cerca de sete em cada dez têm mais de três contas em atraso. 62% acumulam dívidas acima de R$ 3 mil, e 87% estão com seus nomes negativados há mais de três meses.

Causas da inadimplência

O desemprego se destaca como o principal motivo para que os consumidores deixem de honrar seus compromissos, sendo apontado por 30% dos entrevistados. Na sequência, a redução de renda aparece para 26%.

“Apesar do desemprego ter sido citado como a principal causa da inadimplência, de modo geral, o mercado de trabalho melhorou pouco a pouco no 2º semestre de 2022. Segundo os últimos dados divulgados pelo IBGE, em novembro de 2022, a taxa de desemprego estava na marca de 8,1%. Um ano antes, em novembro de 2021, a taxa era de 11,6%. Nesse intervalo de 12 meses, de acordo com o órgão, pouco mais de 4,8 milhões de empregos foram gerados”, explicou Flavio Calife, economista da Boa Vista.

Os boletos bancários são os vilões nas finanças de 29% dos ouvidos, seguidos dos cartões de crédito (27%) e de loja (12%).

Para 23%, despesas com alimentação — principalmente compras de supermercado e cesta básica — foram as que ocasionaram a negativação do nome.

Na sequência, foram listados fatores como pagamento de:

Contas diversas (23%)
Contratação de empréstimo (16%)
Aquisição de móveis e eletrodomésticos (12%)
Pagamento de contas de concessionárias (11%)
Itens de vestuário (7%)
Material de construção (3%)
Financiamentos – casa e automóvel (5%)

As informações são do site Extra.

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