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Economia

OIT: Ômicron freia mercado de trabalho no mundo e Brasil deve ter 14 milhões de desempregados em 2022

O desemprego no mundo deve permanecer acima do nível pré-pandemia até 2023, alerta a entidade, que projeta que cerca de 207 milhões de pessoas ficarão sem trabalho em todo mundo somente em 2022.

A previsão é que o desemprego no mundo deve permanecer acima do nível pré-pandemia até 2023.(Foto: Alexandre Cassiano O Globo)

O avanço da Ômicron, efeitos de outras variantes do coronavírus e também as incertezas sobre a evolução da Covid-19 vão frear a retomada do mercado de trabalho no planeta, diz a a Organização Internacional do Trabalho (OIT), agência da Organização das Nações Unidas (ONU).

O desemprego no mundo deve permanecer acima do nível pré-pandemia até 2023, alerta a entidade, que projeta que cerca de 207 milhões de pessoas ficarão sem trabalho em todo mundo somente em 2022. Em 2019, eram 186 milhões de desmpregados.

No Brasil, a OIT estima que 14 milhões de pessoas devem ficar sem emprego ao longo deste ano. Para 2023, a entidade projeta que o número de desempregados no mundo vai recuar para 202,7 milhões e para 13,6 milhões em 2023 no Brasil.

Dados mais recentes do IBGE apontam que ao fim do terceiro trimestre de 2021, 13,5 milhões de brasileiros estavam desempregados, o que representou uma melhora no mercado de trabalho ante os índices mais elevados registrados ao longo da pandemia.

A publicação da OIT pondera que o ritmo da retomada econômica respondeu aos diferentes estímulos recebidos em cada país – o pacote fiscal do Brasil, por exemplo, é citado como um fator que o diferencia de outros países da região. O avanço da vacinação também foi considerado determinante para a consolidação da recuperação do mercado de trabalho.

Essas diferenças nos efeitos da crise entre diferentes países tendem, no entanto, a aprofundar as desigualdades dentro desses países e entre eles, independentemente do nível de desenvolvimento econômico.

Mulheres e jovens são os mais prejudicados no longo prazo

Em comum, a entidade aponta para danos mais persistentes na ocupação de mulheres e jovens.

“O impacto desproporcional da pandemia no emprego das mulheres deverá diminuir em nível global nos próximos anos, mas uma lacuna considerável deverá permanecer”, alerta o documento.

Já em relação aos jovens, o fechamento de instituições de ensino por longos períodos durante a pandemia enfraqueceu a aprendizagem e terá implicações em cascata no longo prazo, tanto para a educação quanto para a empregabilidade desse grupo.

Para a recuperação do mercado de trabalho, a OIT alerta para a necessidade de ações em quatro pilares: crescimento e desenvolvimento econômico inclusivo, proteção de trabalhadores, proteção social universal e diálogo social.

As políticas macroeconômicas e fiscais terão de ir além de meramente buscar uma retomada ao patamar pré-crise, mas resolver déficits de trabalho decente e visar diminuir a vulnerabilidade dos países pensando em crises futuras.

A informação é do site Extra

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