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Economia

Número de brasileiros na pobreza bate recorde em 2021, mostra IBGE

Em setembro deste ano, o Banco Mundial passou a considerar em situação de extrema pobreza as pessoas que ganham até US$ 2,15 por dia.

A maior proporção de pessoas pobres estão no Nordeste (48,7%) e Norte (44,9%). (Foto: Getty Images)

O número de brasileiros na pobreza e extrema pobreza bateu recorde em 2021, no segundo ano da pandemia de coronavírus. Cerca de 62,5 milhões de pessoas eram consideradas pobres (29,4% da população), segundo dados divulgados nesta sexta-feira,02/12, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Entre elas, 17,9 milhões (ou 8,4% da população) eram consideradas extremamente pobres, pelos critérios do Banco Mundial. Foram os maiores percentuais identificados pelo IBGE desde o início da série, em 2012.

De 2020 a 2021, houve aumento recorde nos grupos estudados. O número de pessoas abaixo da linha da pobreza cresceu 22,7% (o que representa mais 11,6 milhões de pessoas) enquanto o de pessoas na extrema pobreza disparou 48,2% (ou mais 5,8 milhões).

Em 2021, a proporção de crianças menores de 14 anos abaixo da linha da pobreza chegou a 46,2%. É o maior percentual da série, segundo o IBGE.

Em setembro deste ano, o Banco Mundial passou a considerar em situação de extrema pobreza as pessoas que ganham até US$ 2,15 por dia, cerca de R$ 11,12. Outras pesquisas já apontavam recorde no número de brasileiros vivendo na pobreza em 2021.

Em junho, um levantamento da FGV Social identificou 23 milhões de pessoas na pobreza, cerca de 7,2 milhões a mais do que em 2020. Perfil das pessoas na pobreza. Segundo a pesquisa do IBGE, o percentual de pretos e pardos abaixo da linha da pobreza é de 37,7%, praticamente o dobro da proporção de brancos (18,6%).

As regiões com a maior proporção de pessoas pobres são o Nordeste (48,7%) e Norte (44,9%).

O IBGE também identificou que o rendimento domiciliar per capita caiu para R$ 1.353 em 2021, o menor nível desde 2012.

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