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Economia

Mercado reduz projeção de inflação e eleva do PIB para 2025, indica Banco Central

Pesquisa realizada com economistas é divulgada semanalmente pelo Relatório Focus do Banco Central.

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A projeção dos analistas para a inflação de 2025 foi revista para baixo, enquanto a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no ano manteve a tendência de alta, segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 16, pelo Relatório Focus do Banco Central. A pesquisa realizada com economistas é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC).

A mediana das previsões do mercado financeiro no relatório para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2025 caiu de 5,44% para 5,25%. Agora, está 0,75 ponto percentual acima do teto da meta, de 4,50%. Considerando apenas as 115 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a medida passou de 5,34% para 5,24%.

A projeção para o IPCA de 2026 permaneceu em 4,50% pela quinta semana consecutiva, colada ao teto da meta. Considerando apenas as 112 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana também ficou em 4,50%.

O Banco Central espera que o IPCA some 4,8% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme a trajetória divulgada no comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) de maio. O fim do ano que vem é o horizonte relevante do colegiado.

Na última decisão, o comitê aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto porcentual, de 14,25% para 14,75%, o maior nível desde julho de 2006. O Copom volta a se reunir esta semana, entre terça e quarta-feira, e deve atualizar suas projeções de inflação.

A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o BC perdeu o alvo.

A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 4,0% pela 17ª semana consecutiva. A projeção para o IPCA de 2028 se manteve em 3,85%. Um mês antes, era de 3,80%.

PIB

A mediana das projeções do mercado financeiro no relatório para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 aumentou de 2,18% para 2,20% Um mês antes, era de 2,02%. Considerando apenas as 69 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, permaneceu em 2,26%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) afirmou, na ata da sua reunião de maio, que a taxa de juros “significativamente contracionista” tem contribuído para moderar o crescimento da atividade. Segundo o colegiado, a tendência é que esse processo ganhe força nos próximos trimestres.

No último Relatório de Política Monetária (RPM), de março, o Banco Central diminuiu a projeção de crescimento do PIB de 2025, de 2,1% para 1,9%. A estimativa será atualizada no próximo dia 26, quando a autoridade monetária divulga nova edição do RPM.

A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 aumentou de 1,81% para 1,83%. Considerando só as 67 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,83% para 1,81%.

A mediana para o crescimento do PIB de 2027 permaneceu em 2,0% pela 11ª semana seguida. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável, em 2,0%, pela 66ª semana seguida.

Selic

A mediana das estimativas do mercado financeiro no relatório para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 14,75% pela sexta semana consecutiva. Os juros estão nesse nível desde 7 de maio, quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou a taxa em 0,5 ponto percentual. O colegiado volta a se reunir esta semana.

Considerando apenas as 102 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana para o fim de 2025 também se manteve em 14,75%. A última sexta-feira, 13, foi uma data-crítica para inserção de estimativas de juros no Focus.

O mercado está dividido sobre a decisão do Copom desta quarta-feira, 18. De 48 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, a maioria – 27, ou 56% – esperam manutenção dos juros em 14,75%. Outras 21, ou 44%, preveem alta de 0,25 ponto porcentual, a 15%.

No fim da tarde de sexta-feira, a curva de juros apontava 56% de chance de um aumento de 0,25 ponto na Selic esta semana, contra 44% de probabilidade de manutenção da taxa em 14,75%.

Na ata da reunião de maio, o Copom afirmou que a taxa básica de juros está em nível “significativamente contracionista”. O colegiado destacou que, dada a elevada incerteza no cenário e o estágio avançado do ciclo de ajuste, precisaria de “cautela e flexibilidade” para tomar a sua decisão desta semana.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, vem ressaltando que o Comitê adotou uma postura dependente de dados. No último dia 2, em um evento do Centro de Debates de Políticas Públicas (CDPP), ele afirmou que a autoridade monetária vai observar os números da economia para definir se a Selic está suficientemente restritiva.

A mediana para a Selic no fim de 2026 ficou estável em 12,50% pela 20ª semana consecutiva. Levando em conta apenas as 99 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa intermediária também se manteve em 12,50%.

A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela 18ª semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela 25ª semana consecutiva.

Dólar

A mediana das expectativas do mercado financeiro no relatório Focus do Banco Central para a cotação do dólar no fim de 2025 caiu de R$ 5,80 para R$ 5,77. Um mês antes, era de R$ 5,82.

A estimativa intermediária para a moeda norte-americana no fim de 2026 diminuiu de R$ 5,89 para R$ 5,80. Quatro semanas atrás era de R$ 5,90.

A projeção para o dólar no fim de 2027 permaneceu em R$ 5,80 pela quinta semana seguida.

A mediana para o fim de 2028 se manteve em R$ 5,80 pela segunda semana consecutiva. Quatro semanas atrás estava em R$ 5,85.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.


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