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Economia

Manaus registra 2º maior aumento no custo da cesta básica em maio, aponta Horus Inteligência de Mercado

No acumulado dos últimos seis meses, a capital amazonense teve a maior retração entre as cidades analisadas: queda de 7,53%, ante os R$ 816,77 registrados em dezembro de 2024.

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Manaus registrou a segunda maior inflação mensal no custo da cesta básica do país, com alta de 3,05%, elevando o preço da cesta de R$ 732,90 para R$ 755,28, de acordo com levantamento realizado pela Horus Inteligência de Mercado. No acumulado dos últimos seis meses, a capital amazonense teve a maior retração entre as cidades analisadas: queda de 7,53%, ante os R$ 816,77 registrados em dezembro de 2024, fato que representa um alívio considerável para o orçamento das famílias.

O Rio de Janeiro, que liderou o ranking de janeiro de 2024 a fevereiro de 2025, voltou ao topo entre as oito capitais pesquisadas com o maior custo da cesta básica do país. Em maio, o preço subiu 1,36%, passando de R$ 973,43 para R$ 986,70, interrompendo uma sequência de quatro meses consecutivos de queda nos preços dos alimentos essenciais e sinalizou uma possível reversão na tendência de desaceleração inflacionária.

Apesar da alta mais recente, no acumulado dos últimos seis meses, o preço médio da cesta no Rio de Janeiro recuou 4,51%, caindo de R$ 1.033,34, em dezembro de 2024, para os atuais R$ 986,70, o que indica que os preços ainda se mantêm abaixo do patamar registrado no fim do ano passado.

Embora o Rio de Janeiro tenha retomado a liderança no ranking, Curitiba foi a capital que apresentou a maior aceleração em maio, com alta de 3,43%. O preço médio da cesta subiu de R$ 815,33 para R$ 843,32, configurando a maior variação mensal entre as capitais avaliadas. No semestre, o avanço acumulado foi de 7,62%, um salto significativo frente às demais localidades.

Fortaleza e Belo Horizonte apresentaram trajetórias inflacionárias semelhantes em maio. Na capital cearense, o preço da cesta básica subiu 2,47%, passando de R$ 852,97 para R$ 874,00. No acumulado dos últimos seis meses, a alta foi de 3,91%, em comparação aos R$ 841,14 registrados em dezembro de 2024. Em Belo Horizonte, a inflação mensal foi de 2,49%, com o preço da cesta aumentando de R$ 689,37 para R$ 706,55. No semestre, a variação acumulada chegou a 2,93%, frente aos R$ 686,43 observados no final do ano passado. Esses resultados apontam para uma continuidade do movimento de alta nos preços, já presente há três meses consecutivos em ambas as capitais.

Em contrapartida, São Paulo e Brasília registraram recuos nos preços da cesta básica em maio. Na capital paulista, a queda foi de 1,55%, com o preço passando de R$ 991,80 para R$ 976,41, fato que representou a primeira retração após três meses de alta. Já em Brasília, a redução foi de 0,55%, com o preço da cesta passando de R$ 844,01 para R$ 839,33, consolidando a tendência de queda iniciada em abril de 2025.

Dos 18 gêneros alimentícios que compõem a cesta básica, o café (em pó e em grãos), os legumes e a margarina se destacaram com alta em sete das oito capitais pesquisadas. O aumento nos legumes decorreu de uma combinação de fatores, como eventos climáticos que afetaram a produção agrícola, reduzindo a oferta e elevando os preços, além do repasse dos custos de insumos importados e fertilizantes, valorizados pelo dólar. Também houve acréscimos nos custos de transporte, impulsionados pelo aumento do preço do óleo diesel.

Entre os produtos que registraram queda generalizada, o arroz merece destaque, apresentando redução em todas as cidades. No semestre, o item acumulou queda de dois dígitos em cinco capitais: Belo Horizonte (-14,48%), Curitiba (-11,05%), Fortaleza (-10,30%), Rio de Janeiro (-15,41%) e São Paulo (-10,21%).

Cesta ampliada

Com relação à cesta ampliada, Manaus, Belo Horizonte e Curitiba registraram elevações expressivas em maio. Em Manaus, a alta foi de 4,73%, com o preço médio passando de R$ 1.523,98 para R$ 1.596,07. Em Belo Horizonte, o aumento foi de 3,02%, saindo de R$ 1.735,96 para R$ 1.788,36. Já em Curitiba, os preços subiram 2,66%, com a cesta ampliada passando de R$ 1.628,89 para R$ 1.672,16. Assim, as capitais interromperam a trajetória de queda observada no início de 2025.

No que diz respeito à cesta de consumo ampliada, que reúne os 18 itens da cesta básica somados aos produtos de higiene e limpeza, a capital fluminense voltou a liderar em maio, com alta de 1,44%. O preço médio passou de R$ 2.100,80 em abril para R$ 2.131,08. Tradicionalmente entre as cidades com maior custo para aquisição, o Rio de Janeiro retomou da capital paulista o posto de cidade com a cesta ampliada mais cara. Em sentido oposto, São Paulo apresentou queda de 3,3%, reduzindo o preço de R$ 2.163,48 para R$ 2.092,09, fator que contribuiu para a mudança na liderança do ranking.

Na análise acumulada dos últimos seis meses, verificou-se queda generalizada nos preços da cesta ampliada em todas as cidades: Manaus (-13,91%), Rio de Janeiro (-8,49%), Curitiba (-7,57%), São Paulo (-7,36%), Belo Horizonte (-6,85%), Brasília (-5,63%), Fortaleza (-2,83%) e Salvador (-2,69%).

Entre os 33 produtos da cesta ampliada, o chocolate se destacou, com aumento de preços em todas as capitais abrangidas pela pesquisa. O grupo das verduras seguiu a mesma tendência, exceto em São Paulo, onde foi registrada leve queda de 0,30% em maio. No acumulado semestral, as verduras apresentaram variações relevantes em todas as cidades: Rio de Janeiro (11,14%), Belo Horizonte (9,99%), Salvador (6,64%), São Paulo (4,53%), Manaus (3,88%), Brasília (2,93%), Curitiba (2,03%) e Fortaleza (0,72%).


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