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Economia

Inflação de maio desacelera para 0,26%, abaixo das projeções, com alívio no preço dos alimentos, diz IBGE

Analistas de mercado projetavam alta de 0,32%. Grupo de alimentação e bebidas saiu de 0,82% em abril para 0,17% em maio, com queda no preço do tomate.

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A inflação de maio desacelerou para 0,26%, após alta de 0,43% em abril. O número veio abaixo da expectativa de analistas, que projetavam 0,32%. Após meses vendo os preços subirem, os alimentos começam finalmente a apresentar alívio: saíram de 0,82% em abril para 0,17% em maio. O resultado foi divulgado pelo IBGE nesta terça-feira.

Além da desaceleração dos alimentos, outro grupo que puxou o resultado para baixo foi o de transportes, com queda no preço das passagens aéreas (-11,31%) e dos combustíveis (-0,72%). Esses dois grupos, que juntos possuem peso de 57% no IPCA, compensaram uma alta nos preços da energia elétrica residencial, que subiu 3,62% em maio, devido à mudança na bandeira tarifária para a amarela.

Apesar da desaceleração no mês passado, a inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 5,32%. O número ainda é muito acima da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional, de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

A visão de economistas é a de que a inflação está começando a apresentar sinais de uma melhora no índice mês a mês. E o número de maio deve reforçar as previsões de que Copom pode interromper o ciclo de altas da taxa Selic já na próxima reunião, em junho. No resultado da prévia da inflação do mês, economistas já vinham enxergando menos espaço para aumentos nos juros.

Preço do tomate cai

O tomate e o ovo, que vinham sendo vilões dos preços nos últimos meses, finalmente começaram a apresentar quedas de 13,52% e 3,98%, respectivamente. O preço do arroz também teve uma das principais quedas nos alimentos (-4,00%).

De acordo com Fernando Gonçalves, gerente da pesquisa, alguns alimentos de grande peso no índice, como o tomate, o ovo e as frutas em geral, apresentaram quedas expressivas diante de uma maior oferta de produto.

Já pelo lado das altas, a batata-inglesa (10,34%), a cebola (10,28%), o café moído (4,59%) e as carnes (0,97%) viram seus preços subirem.

No caso do café, motivo de preocupação dos brasileiros, que só veem seu preço subir nos últimos meses, Gonçalves explica que a alta pode ser explicada por problemas climáticos, com escassez mundial de café. No entanto, o pesquisador observa que a colheita do grão nos campos já está começando a ter mais ritmo, o que em breve deve trazer alívio nos preços para o consumidor final.


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