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Economia

Inadimplência em condomínios chegou a 17% no ano passado, aponta Apsa

O aumento das cotas condominias em 2022 se deu por conta do adiamento das pendências durante o auge da pandemia

O prédio está localizado na esquina das ruas Quintino Bocaiúva e Guilherme Moreira. (Foto:Reprodução)

A taxa de inadimplência das cotas condominiais ficou em 17% no ano passado – uma elevação em relação ao ano anterior, quando a média de inadimplência tinha sido de 12%. Além do empobrecimento da população nos últimos anos, de 2021 para 2022 a taxa Selic saltou de 2% para 13,75%. Também aumentou o número de cotas extras emitidas pelos condomínios. Os dados são da Apsa, com base em mais de 2,7 mil condomínios administrados no Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Bahia e Pernambuco.

A maior taxa de inadimplência verificada no ano passado – 25% – está concentrada nos condomínios cuja cota é de até R$ 500.

“A pandemia arrefeceu, mas a perda de renda e o endividamento das famílias continuam e isso se reflete diretamente na inadimplência das cotas condominiais. Outro fator que colabora para que isso aconteça é a questão dos juros, que é muito menor nas cotas quando comparamos aos do cartão de crédito, por exemplo. Então se a pessoa tiver que escolher entre quitar o cartão para poder comprar itens básicos ou pagar o condomínio, provavelmente vai ficar com a primeira opção”, ressalta o gerente de Negócios de Condomínios da APSA, João Marcelo Frey.

O aumento das cotas condominias em 2022 se deu por conta do adiamento das pendências durante o auge da pandemia. Apenas no ano passado foram retomadas assembleias para deliberar sobre a retomada de obras, por exemplo.

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