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Economia

IGP-M: inflação do aluguel no Brasil tem maior taxa para março desde 1994

Indicador ficou em 2,94% este mês. No acumulado em 12 meses, alta é a maior desde 2003.

Pressionado pelo aumentos dos combustíveis, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou a alta para 2,94% em março, após avançar 2,53% em fevereiro, segundo divulgou nesta terça-feira (30) a Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa é a maior para meses de março desde 1994 , ano da implantação do real. Naquele ano, o IGP-M ficou em 45,71% em março.

Com este resultado, o indicador acumula alta de 8,26% no ano e de 31,10% em 12 meses. Trata-se da maior taxa para 12 meses desde maio de 2003 (31,53%).

Em março de 2020, o índice havia subido 1,24% e acumulava alta de 6,81% em 12 meses.

O IGP-M é conhecido como ‘inflação do aluguel’, por servir de parâmetro para o reajuste da maioria dos contratos de locação residencial. Ele sofre uma influência considerável das oscilações do dólar, além das cotações internacionais de produtos primários e matérias-primas.

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que possui peso de 60% na composição do IGP-M, subiu 3,56% em março, ante 3,28% em fevereiro.

Índice de Nacional de Custo da Construção (INCC), com peso de 10% no IGP-M, subiu 2% em março, ante 1,07% no mês anterior.

O que mais pesou no varejo e no atacado

Segundo a pesquisa, o preço médio da gasolina aumentou 11,33% em março para consumidores e 23,81% para os produtores. Veja abaixo os itens que mais pressionaram o IGP-M em março:

Maiores pressões de altas no IPA

Óleo Diesel: 25,87%
Gasolina automotiva: 23,81%
Minério de ferro: 2,68%
Soja (em grão): 1,93%
Adubos ou fertilizantes: 14,32%

Maiores pressões de altas no IPC

Gasolina: 11,33%
Etanol: 16,64%
Gás de bujão: 4,23%
Plano e seguro de saúde: 0,83%
Aluguel residencial: 0,88%
Maiores pressões de altas no INCC

O IGP-M tem registrado variações bem acima da inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A meta central de inflação do governo para este ano é de 3,75%. Pelo sistema de metas, não haverá descumprimento se a inflação oscilar entre 2,25% e 5,25% em 2021. A expectativa do mercado para o IPCA deste ano passou de 4,71% para 4,81%, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.

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