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Economia

Governo federal não pagará auxílio emergencial para quase 3 milhões de beneficiários do Bolsa Família

Os cidadãos que recebem o Bolsa Família cortados do benefício pago na pandemia da Covid-19 ficarão sem as quatro parcelas adicionais de R$ 300 que encerram em dezembro.

Quase três milhões de beneficiários do Bolsa Família vão deixar de receber o auxílio emergencial pago na pandemia do novo coronavírus. Esses cidadãos ficarão sem as parcelas adicionais de R$ 300, liberadas até dezembro. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Segundo dados obtidos pela reportagem, no início do pagamento do benefício, quando a renda por família que se enquadrava nas regras do auxílio era de R$ 600, podendo chegar a R$ 1.200 para mães chefes de família, 19,2 milhões de cidadãos que fazem parte do Bolsa Família receberam a renda. Eles fazem parte de um total de 13,5 milhões de famílias, que representam 95% dos beneficiários no programa.

Agora, conforme calendário de pagamento divulgado pela Caixa Econômica nesta quinta-feira (17), o auxílio de R$ 300 (o valor é de R$ 600 para as mães chefes de família) cairá na conta de 16,3 milhões de cidadãos. Eles fazem parte de 12,6 milhões de famílias atendidas no programa.

Com o corte, o governo deve economizar cerca de R$ 11 bilhões, segundo os dados. O motivo é que, além de diminuir pela metade o valor do auxílio, de R$ 600 para R$ 300, ou de R$ 1.200 para R$ 600, no caso das mães chefes de família, quem volta a receber somente a renda do programa tem direito a um valor médio de R$ 164,13.

Ao todo, 1,6 milhão de beneficiários pôde sacar os valores. Nesta sexta-feira (18), será paga mais uma parcela a 1,6 milhão. O pagamento retorna na segunda. Veja o calendário abaixo.

Final NIS Data do pagamento
1 17 de setembro
2 18 de setembro
3 21 de setembro
4 22 de setembro
5 23 de setembro
6 24 de setembro
7 25 de setembro
8 28 de setembro
9 29 de setembro
0 30 de setembro

Total de parcelas chegará a nove

O auxílio emergencial, inicialmente, teria três parcelas, pagas a partir de abril. No final de junho, o governo anunciou a prorrogação por mais dois pagamentos, totalizando cinco. No início de setembro, foi confirmada mais uma prorrogação, dessa vez por mais quatro parcelas até o final do ano, totalizando nove pagamentos.

A MP (Medida Provisória) nº 1.000/2020, publicada no dia 3, também reduziu o valor mensal do benefício, de R$ 600 para R$ 300, e criou regras mais duras para a permanência dos beneficiários (com exceção de membros do Bolsa Família).

Em nota, o Ministério da Cidadania afirmou que “no mês de agosto de 2020, o Bolsa Família beneficiou a 14,28 milhões de famílias. No mês de setembro, o programa chega a mais de 14,27 milhões de famílias”, mas não detalhou os motivos dos cortes. É preciso lembrar que as 14 milhões de família são a totalidade do programa. Desse total, 95% recebiam auxílio emergencial.

Novos pagamentos

Nesta quinta (17), tiveram início os pagamentos do auxílio para quem é do Bolsa Família. A renda é liberada conforme o final do NIS (Número de Identificação Social). Os trabalhadores fizeram, novamente, fila na porta da Caixa em busca do benefício, na zona leste de SP.

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