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Economia

Dólar sobe quase 2%, fecha a R$ 4,726 e bate novo recorde, em dia de tensão

Este é o maior valor nominal (sem considerar a inflação) de
fechamento desde a criação do Plano Real.

A segunda-feira (9) foi um dia de caos nos mercados globais e aqui no Brasil, com uma guerra no
preço do petróleo somando-se aos efeitos do surto de coronavírus. O dólar comercial fechou em
alta de 1,97%, a R$ 4,726 na venda. Este é o maior valor nominal (sem considerar a inflação) de
fechamento desde a criação do Plano Real. O dólar subiu forte mesmo após o Banco Central ter
feito uma intervenção reforçada no mercado de câmbio.

A Bolsa brasileira teve as negociações suspensas durante 30 minutos por volta das 10h30 após
despencar na manhã desta segunda-feira (9). A interrupção é um mecanismo automático, chamado
de “circuit breaker”, acionado quando há uma queda de mais de 10%. Isso não acontecia desde
maio de 2017, quando Michel Temer foi acusado pelo empresário Joesley Batista de integrar um
esquema de corrupção. Após a interrupção, a Bolsa voltou a operar em forte queda, mas não
chegou a passar de 15%, limite necessário para uma nova parada.

A cotação do petróleo no mercado internacional já vinha em queda há duas semanas, o que levou a
Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) a propor uma redução na produção para
tentar conter essa desvalorização. Mas as negociações não terminaram bem.

A Rússia se recusou a apoiar os cortes, e a Arábia Saudita retaliou sinalizando que aumentará a
produção para ganhar participação no mercado. Os sauditas cortaram seus preços oficiais de
venda. A disputa comercial fez a cotação do petróleo ter a maior queda desde a Guerra do Golfo.
O tombo nos preços do petróleo se soma ao pânico que já acometia os investidores com os efeitos
do coronavírus na economia mundial.

As Bolsas do mundo todo derreteram nesta segunda. Na Europa, as Bolsas de Inglaterra,
Alemanha, França, Itália, Espanha e Portugal despencaram. Na Ásia, houve queda generalizada, e
as Bolsas chegaram a fechar em queda de mais de 7%.

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