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Economia

Confiança do empresário industrial cresce em novembro, mas maioria segue cautelosa, mostra CNI

Mesmo com alta do ICEI em 19 setores, avaliações negativas sobre a economia e juros elevados ainda freiam o otimismo dos empresários.

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Confiança do empresário industrial cresce em novembro, mas maioria dos setores segue cautelosa
Mesmo com alta do ICEI em 19 setores, avaliações negativas sobre a economia e juros elevados ainda freiam o otimismo dos empresários, aponta CNIO Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) Setorial registrou alta entre outubro e novembro de 2025 em todos os portes de empresas, em quatro das cinco regiões do país e em 19 dos 29 setores avaliados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, com o aumento do índice, nove setores superaram a marca de 50 pontos, o que indica confiança. No mês anterior, apenas cinco setores superaram esse patamar.

Apesar da melhora, a desconfiança ainda predomina entre os industriais: 20 setores avaliados seguem abaixo dos 50 pontos.

“De uma forma geral, vemos uma melhora da confiança muito atrelada a expectativas melhores das empresas com relação a elas mesmas ou à economia brasileira. [No entanto], a avaliação da empresa ou da própria economia ainda é bastante negativa, especialmente por conta da elevação da taxa de juros, o que penaliza a indústria. Então, essa avaliação ainda segura a [retomada da] confiança”, explica.

Setores com maior confiança:

Perfumaria, limpeza e higiene pessoal — 56,9
Farmoquímicos e farmacêuticos — 53,5
Extração de minerais não-metálicos — 51,5
Máquinas e materiais elétricos — 51,1

Setores menos confiantes:

Biocombustíveis — 40,6
Couros e artefatos de couro — 41,7
Metalurgia — 42,4
Máquinas e equipamentos — 45,4

Falta de confiança perde força

O ICEI cresceu pelo segundo mês seguido em todos os portes de empresas. Nas pequenas indústrias, houve alta de 1,6 ponto, levando o indicador ao maior nível desde janeiro (48,3). Entre as médias, foi a terceira elevação consecutiva, alcançando 48,7 pontos. Já as grandes empresas registraram avanço de 0,3 ponto, chegando a 48,9 pontos.

Mesmo ainda abaixo da linha dos 50 pontos, a proximidade desse limite indica que a falta de confiança está menos disseminada. “Os índices mostram, portanto, apenas uma redução dessa falta de confiança na passagem de outubro a novembro”, complementa Marcelo Azevedo.

Confiança regional

Em novembro, quatro regiões brasileiras registraram aumento da confiança industrial. O Nordeste permaneceu estável.

O Centro-Oeste voltou a se destacar, após oscilações fortes nos meses anteriores, com alta de 3,5 pontos e retorno ao território de confiança, atingindo 53,1 pontos.

No Norte, o indicador cresceu 1,8 ponto, alcançando 48,6 pontos. Sudeste (+0,5 ponto) e Sul (+1,2 ponto) emplacaram o terceiro mês seguido de alta, mas continuam abaixo dos 50 pontos, indicando falta de confiança dos industriais.

ICEI por região

Norte — 48,6
Nordeste — 52,1
Sudeste — 47,3
Sul — 46,3
Centro-Oeste — 53,1

O ICEI Setorial

Para esta edição do ICEI Setorial, a CNI consultou 1.747 empresas. Desse total, 718 são de pequeno porte; 617 de médio porte; e 412 de grande porte. As análises foram feitas entre 2 e 12 de novembro de 2025.


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