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Economia

Bolsa sobe aos 91 mil pontos, e dólar recua 3,25%, maior desvalorização em dois anos

Mercado financeiro está otimista quanto à reabertura das economias. Ações de empresas ligadas a turismo dispararam nesta sessão.

A expectativa de reabertura das economias faz com que os índices acionários operem com ganhos nesta terça-feira. O Ibovespa (referência da Bolsa de São Paulo) subiu 2,74%, aos 91.046 pontos. A última vez que o índice alcançou este patamar foi em 10 de março. Em Nova York, o dia também é de ganhos. O Dow Jones avançou 1,05%. S&P 500 e Nasdaq tiveram ganhos de, respectivamente, 0,82 e 0,59%.

Com os investidores mais dispostos a tomar risco, ou seja, apostar no mercado acionário, a cotação do dólar recuou. O moeda americana encerrou a sessão com queda de 3,25%, valendo R$ 5,211. Este é o menor patamar de preço desde 14 de abril. Em percentual, é o maior recuo desde 8 de junho de 2018, quando a divisa dos EUA caiu 5,5%.

O tom de otimismo com a retomada das atividades econômicas pesa mais na avaliação do mercado do que os recentes protestos nos Estados Unidos, desencadeados após um policial de Minneapolis ter sufocado até a morte George Floyd, um homem negro desarmado.

“O mercado avalia que as instituições americanas vão conseguir endereçar os problemas sociais e respondê-los à altura. Neste caso, os investidores ficam mais atentos aos processos de reabertura das economias. O mercado ainda está em um confronto de narrativas, e hoje ganha força é a leitura positiva”, destaca Mauricio Pedrosa, gestor da Áfira Investimentos.

“Também influencia positivamente nos mercados a não escalada das tensões e sanções entre China e Estados Unidos. Internamente, depois de um fim de semana mais agitado, as esferas políticas voltaram a falar de união e a tentar reduzir conflitos. Isso também contribui para um bom desempenho dos mercados”, destaca Álvaro Bandeira, economista-chefe do banco digital Modalmais.

Destaques do Ibovespa

A reabertura das economias faz com que os investidores apostem, também, na retomada do comércio global. Isso contribuiu para que as aéreas fossem o destaque desta terça no Ibovespa. Os papéis preferenciais (PN, sem direito a voto) de Azul e Gol subiram, respectivamente, 9,12% e 15,7%. As ações ordinárias (ON, com direito a voto) da operadora de turismo CVC dispararam 21,04%.

“Os planos de reabertura econômica não só lá fora, como aqui também, possibilitaram uma chance para que as empresas aéreas consigam ganhar cada vez mais fôlego. A retomada de voos, aos poucos, e principalmente, no eixo Rio-São Paulo, pode ser aproveitada de imediato. Nesta terça, essa percepção refletiu nas ações da Gol, que subiram mais do que a Azul. Também vemos uma melhora no desempenho da CVC, já que a retomada do turismo com as devidas medidas de segurança e proteção pode se dar em um prazo mais curto do que se imaginava”, destaca Marcio Loréga, analista da Ativa Investimentos.

A alta do petróleo beneficiou a Petrobras. No fechamento dos negócios no Brasil, o barril do tipo Brent (referência internacional) subia 3,16%, valendo US$ 39,53. As ações ON e PN da estatal registraram ganhos de, na ordem, 4,34% e 5,26%.

Os bancos, de maior peso na Bolsa de SP, também sobem. Os papéis ON do Banco do Brasil sobem 2,77%. As ações PN do Bradesco e do Itaú Unibanco avançam, respectivamente, 2,75% e 5,16%.

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