Economia
Bolsa de Valores renova recorde e fecha acima de 158 mil pontos pela 1ª vez
Investidores aumentam apetite ao risco após dados sinalizarem espaço para redução dos juros nos Estados Unidos
Bolsa cai e fecha na casa dos 107 mil pontos. (Foto: Cris Faga / Agência O Globo)
O Ibovespa renovou a máxima histórica e fechou acima dos 158 mil pontos pela primeira vez nesta quarta-feira (26), impulsionado pelo bom humor dos mercados internacionais.
O principal índice da bolsa brasileira encerrou o pregão em alta de 158.554,94 pontos, após subir 1,7%.
O pano de fundo para o movimento de alta é a continuidade das apostas de que o Fed (Federal Reserve) cortará juros nos Estados Unidos em dezembro com a divulgação de dados econômicos que sinalizam os próximos passos do banco central norte-americano.
A bolsa brasileira acompanhou o sinal positivo dos índices de ações nos Estados Unidos, onde os ativos precificam cerca de 83% de probabilidade de corte de juros, segundo dados da ferramenta FedWatch.
A alta também foi embalada pelas expectativa de queda de juros no Brasil, após a divulgação do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15) de novembro, que retornou a inflação ao teto da meta oficial do Banco Central.
O Ibovespa abriu o pregão próxima da estabilidade e acelerou forte no início da tarde, renovando a máxima intradiária por volta das 16h, aos 158.713,52 pontos.
Dólar
A moeda norte-americana reverteu a alta do início da manhã e fechou o dia em queda de 0.79%, cotada a R$ 5,333 na venda. Foi a terceira sessão seguida de desvalorização da divisa dos EUA ante o par brasileiro.
A expectativa de corte de juros pelo Federal Reserve em dezembro seguiu favorecendo moedas de países emergentes, como o real.
O dólar demonstrou maior acomodação no início da quarta-feira, mantendo-se próximo da estabilidade após a divulgação do IPCA-15 de novembro.
Porém, durante a tarde passou a registrar perdas mais intensas ante o real, em paralelo à forte alta do Ibovespa e em sintonia com o recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior.
Inflação no teto da meta
A prévia da inflação oficial registrou alta de 0,20% em novembro, ligeiramente acima do esperado pelo mercado, mas com desaceleração no acumulado em 12 meses, de 4,94% para 4,50%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O índice agora retorna ao teto da meta oficial do Banco Central, que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
A leitura do IPCA-15 ganhou ainda mais relevância depois de declarações recentes do diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, de que a próxima alteração na taxa básica de juros será de redução.
Juros americanos no radar
As apostas de que o banco central americano deve realizar novo corte na taxa de juros em dezembro voltaram a crescer, em meio a dados econômicos e declarações de autoridades do BC norte-americano.
Um relatório do Departamento do Trabalho mostrou que o número de americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego foi de 216 mil na semana encerrada em 22 de novembro, abaixo do esperado.
Outro relatório, divulgado com atraso, mostrou que os novos pedidos de bens de capital subiram 0,5% em setembro, acima do aguardado.
Os investidores também estiveram atentos aos sinais da atividade econômica dos EUA com a divulgação do Livro Bege do Federal Reserve, que apontou que as perspectivas permaneceram inalteradas, mas com alguns distritos observando um risco aumentado de atividade mais lenta nos próximos meses.
As informações são da CNN.
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