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Economia

Boletim Focus: mercado reduz projeção de inflação e mantém do PIB para 2025

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 4,81% para 4,80%.

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A projeção dos analistas para a inflação de 2025 foi revista para baixo, enquanto a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no ano foi mantida, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (6) pelo Relatório Focus. A pesquisa realizada com economistas é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC).

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 4,81% para 4,80%. A taxa está 0,30 ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,50%. Considerando apenas as 45 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a medida permaneceu em 4,80%.

A projeção para o IPCA de 2026 seguiu em 4,28%. Considerando apenas as 45 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana subiu de 4,26% para 4,30%.

O Banco Central espera que o IPCA some 4,8% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme a trajetória divulgada no último ciclo de comunicações do Comitê de Política Monetária (Copom). No horizonte relevante, o primeiro trimestre de 2027, o colegiado espera que a inflação em 12 meses seja de 3,4%.

Na última decisão, o Copom manteve a taxa Selic em 15% e reafirmou que o cenário é marcado por elevada incerteza, o que exige cautela na condução da política monetária. “O Comitê seguirá vigilante, avaliando se a manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, enfatizou.

O colegiado também detalhou, na ata, que, “na medida em que o cenário tem se delineado conforme esperado, o Comitê inicia um novo estágio em que opta por manter a taxa inalterada e seguir avaliando se, mantido o nível corrente por período bastante prolongado, tal estratégia será suficiente para a convergência da inflação à meta”.

A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, com base no IPCA acumulado em 12 meses. O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.

Se a inflação ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o BC perdeu o alvo. Isso aconteceu após a divulgação do IPCA de junho, no dia 10 de julho A autoridade monetária publicou uma carta aberta informando que espera queda da taxa abaixo de 4,50% no fim do primeiro trimestre de 2026.

A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 3,90%, enquanto a projeção para o IPCA de 2028 seguiu em 3,70%.

PIB

A mediana do relatório para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 permaneceu de 2,16%, pela 4ª semana consecutiva. Considerando apenas as 31 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa subiu de 2,17% para 2,19%.

O Banco Central diminuiu a sua estimativa de crescimento da economia brasileira este ano, de 2,1% para 2,0%, no Relatório de Política Monetária (RPM) do terceiro trimestre. Segundo a autarquia, a redução ocorreu devido aos efeitos, ainda incertos, do aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos da América, e a sinais de moderação da atividade econômica no terceiro trimestre. Esses fatores, porém, foram parcialmente compensados por prognósticos mais favoráveis para a agropecuária e para a indústria extrativa, disse.

A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 também ficou estável, de 1,80%. Um mês antes, era de 1,85%. Considerando só as 29 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,80% para 1,79%.

A mediana para o crescimento do PIB de 2027 seguiu de 1,90%. Quatro semanas antes, era de 1,88%. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável, em 2,00%, pela 82ª semana seguida.Selic

A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15% pela 15ª semana consecutiva, após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter mantido os juros neste nível na mais recente decisão, no dia 17 de setembro.

Na ata, o Copom reafirmou que o cenário é marcado por elevada incerteza, o que exige cautela na condução da política monetária Repetiu também que seguirá vigilante, avaliando se a manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.

O colegiado detalhou que, “na medida em que o cenário tem se delineado conforme esperado, o Comitê inicia um novo estágio em que opta por manter a taxa inalterada e seguir avaliando se, mantido o nível corrente por período bastante prolongado, tal estratégia será suficiente para a convergência da inflação à meta”.

Considerando apenas as 35 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana para a Selic no fim deste ano continuou em 15,0%.

A mediana para a Selic no fim de 2026 permaneceu em 12,25%. Considerando só as 35 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana permaneceu em 12,0%.

A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela 34ª semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,00% pela 41ª semana consecutiva.

Dólar

A mediana do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2025 caiu de R$ 5,48 para R$ 5,45. Um mês antes, era de R$ 5,55. A estimativa intermediária para o fim de 2026 passou de R$ 5,58 para R$ 5,53. Um mês antes, era de R$ 5,60.

A projeção para a moeda americana no fim de 2027 permaneceu em R$ 5,56. Quatro semanas atrás, era de R$ 5,60. A estimativa para o fim de 2028 também seguiu em R$ 5,56 Um mês antes, era de R$ 5,56.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.


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