Economia
Aneel aprova início da nova Tarifa Social de Energia a partir de 5 de julho
Programa estabelece desconto na conta de luz para famílias com renda entre meio e um salário mínimo

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou, nesta terça-feira (10), as regras que permitirão o novo desconto na fatura para consumidores que recebem a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE). As mudanças passam a valer a partir de 5 de julho.
Durante reunião da diretoria, a relatora do processo, diretora substituta Ludimila da Silva, votou pela aprovação do programa. Os demais diretores da agência acompanharam o voto, aprovando a matéria por unanimidade, segundo informações do portal O Globo.
As novas regras da tarifa, voltadas a famílias com renda per capita de até meio salário mínimo, estão previstas em medida provisória (MP) enviada pelo governo federal ao Congresso Nacional no mês passado. O objetivo do programa é ampliar o acesso das famílias à energia elétrica, contribuindo para a redução das desigualdades sociais.
De acordo com a MP, aproximadamente 17,1 milhões de famílias que têm direito ao benefício da tarifa social não precisarão pagar pelos primeiros 80 quilowatts-hora (kWh) consumidos a cada mês.
O que muda?
Com a regulamentação da nova Tarifa Social, passa a existir apenas uma faixa de desconto para os beneficiários:
– Consumidores com consumo de até 80 kWh/mês terão desconto de 100%;
– O consumo que ultrapassar os 80 kWh/mês não terá desconto.
Antes, os descontos eram aplicados de forma progressiva, em faixas. A regra anterior estabelecia:
– Para os primeiros 30 kWh consumidos no mês, o desconto era de 65%;
– De 31 kWh a 100 kWh, o desconto era de 40%;
– Entre 100 kWh e 220 kWh, o desconto era de 10%;
– Consumos acima de 220 kWh não recebiam desconto.
Quem tem direito à TSEE?
Para ter acesso ao benefício, é necessário atender a um dos seguintes critérios:
– Famílias inscritas no CadÚnico com renda mensal de até meio salário mínimo per capita;
– Pessoas com deficiência ou idosos acima de 65 anos, inscritos no Benefício de Prestação Continuada (BPC);
– Famílias indígenas ou quilombolas inscritas no CadÚnico;
– Famílias do CadÚnico que vivem em sistemas isolados, sem conexão com o Sistema Interligado Nacional.
Desconto adicional
Além da nova tarifa, também está previsto um “desconto social” para famílias inscritas no CadÚnico com renda entre meio e um salário mínimo por pessoa, desde que tenham consumo de até 120 kWh por mês. Esse desconto consiste na isenção do pagamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), conforme O Globo.
A expectativa do governo é de que cerca de 4,5 milhões de famílias tenham a conta de luz totalmente zerada, beneficiando aproximadamente 16 milhões de pessoas. A medida, porém, deve resultar em um aumento médio de 0,9% na conta de luz dos demais consumidores regulados, segundo cálculos do governo.
As informações são da TV Cultura
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