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Veja o que o governo ainda não respondeu sobre o apagão que atingiu 25 estados e o DF

As explicações dadas pelo governo até aqui indicam que o problema teve origem em uma sobrecarga no Ceará, mas não foi esta a única causa.

Vinte quatro horas após o maior apagão no país desde 2009, ainda existe uma série de perguntas sem resposta sobre as causas do evento. As explicações dadas pelo governo até aqui indicam que o problema teve origem em uma sobrecarga no Ceará, mas não foi esta a única causa.

Um segundo episódio teria ocorrido na Região Norte do país, mas sua origem não foi especificada. Como explicou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, o sistema elétrico funciona como uma estrada com duas pistas. O consumidor é afetado quando há problemas em ambas.

Segundo o governo, dois eventos ocorreram ao mesmo tempo em linhas de transmissão.

 

1. O que diz o governo:

O primeiro evento teria sido a sobrecarga em uma linha de transmissão no nordeste do Ceará, de acordo com o ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia

2. O que ainda não se sabe:

O segundo evento teria ocorrido na Região Norte, mas o local ainda não foi informado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

3. Uma das hipóteses:

Segundo fontes, uma falha operacional teria feito a subestação de Xingu parar de funcionar. Ela fica na cidade de Anapu e recebe energia da Usina de Belo Monte. Ela faz o tratamento técnico da energia e distribui a eletricidade para o restante do país.

4. O que está sendo investigado:

No momento do apagão, havia mais usinas eólicas entrando no sistema na Região Nordeste que hidrelétricas. São usinas intermitentes, sobre as quais não há controle do operador. Além disso, demoram para “voltar”, pois dependem de uma terceira fonte. Com a sobrecarga, o Erac, sistema que detecta quando há mais demanda ou mais oferta de energia que o suportado, cortou o fornecimento para evitar o colapso.

Segundo fontes do setor elétrico, um dos fatores que está sendo investigado é o motivo pelo qual o Erac, espécie de software de proteção, corta o fornecimento de energia para evitar a queima de equipamentos.

No momento do apagão, as regiões Norte e Nordeste estavam exportando energia para o Centro-Sul. Isso porque há uma abundância de fontes renováveis naquelas regiões, especialmente usinas eólicas. Dessa forma, foi preciso cortar a energia que faltava no Centro-Sul e a que sobrava no Nordeste.

Por isso, a geração de eólicas despencou 80%. O Erac, então, cortou a energia para as regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. O sistema, então, dividiu o país em dois, separando Nordeste/Norte de Sudeste/Centro-Oeste/Sul.

Na entrevista para prestar esclarecimentos sobre o apagão , concedida na tarde de terça-feira, Alexandre Silveira explicou que as primeiras informações oficiais sobre a causa do acidente seriam divulgadas em 48 horas, ou seja, até quinta-feira.

O apagão que afetou o funcionamento de escolas, impactando o trânsito, devido ao desligamento de semáforos, e transportes com o metrô, foi o maior no país em abrangência territorial e corte de energia no setor elétrico desde 2009.

O fornecimento de energia foi sendo restabelecido de forma gradual até ser integralmente normalizado às 14h49, de acordo com o governo.

Na terça-feira à noite, contudo, mais de doze horas depois do início do apagão, o Executivo ainda não tinha uma explicação clara sobre o que causou a falha.

Ao todo, as regiões afetadas correspondiam a cerca de 25% da carga total do Sistema Interligado Nacional (SIN) no momento da falha, que teve início às 8h31. Um terço dos consumidores foi atingido, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

As informações são do jornal O Globo.

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