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Brasil

Tropas da Força Nacional iniciam patrulhamento em Fortaleza

Em meio à greve dos policiais militares, Ceará viu crescer número de assassinatos e prefeituras anunciaram suspensão de eventos carnavalescos

Após a série de ataques no Ceará, a Força Nacional de Segurança Pública está fazendo o policiamento ostensivo nas ruas de Fortaleza, em apoio aos agentes de segurança do estado.

As tropas federais já estão realizando patrulhamento nas ruas e avenidas de Fortaleza. A presença dos militares das Forças Armadas foi uma solicitação do governador Camilo Santana ao governo federal, que decretou a Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no Ceará, em meio à paralisação da Polícia Militar por aumento salarial.

O motim dos militares começou na última terça-feira (18), e, de quarta-feira-feira até hoje, o Estado registrou 51 assassinatos. Até então, a média de homicídios no Ceará, este ano, era de 6 por dia.

Pela falta de segurança, prefeituras cearenses, como as de Milagres, Forquilha, Canindé e Paracuru, anunciaram a suspensão dos eventos carnavalescos.

A GLO foi estabelecida em cumprimento ao Decreto nº 10.251, de 20 de fevereiro de 2020, envolvendo o emprego de efetivos das Forças Armadas e dos órgãos de segurança pública federais, estaduais e municipais, segundo nota do Ministério da Defesa. “Todo o esforço será feito para garantir a proteção dos nossos irmãos e irmãs cearenses. Agradeço ao presidente Jair Bolsonaro pelo apoio do governo federal neste momento”, disse Camilo.

O Ministério da Defesa informou que as tropas realizarão, em Fortaleza, patrulhamento ostensivo, com revista de veículos e pessoas, e “utilização das medidas necessárias para o êxito da operação”.

A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado do Ceará disse, por meio de nota, que tem priorizado as ações na proteção da população cearense para “restabelecer a ordem pública evitando atos de vandalismo e outras condutas de insubordinação por parte de militares no Ceará”. Até o momento, quatro policiais militares estão presos.

A Polícia Civil informou que, até ontem(20), pelo menos 300 Inquéritos Policiais Militares (IPM) haviam sindo instaurados na Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário para investigar atos de indisciplina e vandalismo. “Todos os investigados sofrerão as punições previstas em lei e serão excluídos da folha de pagamento deste mês pela Secretaria de Planejamento e Gestão. Os militares que abandonarem o serviço sofrerão as mesmas sanções”.

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