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Brasil

Região Norte tem mais homem do que mulher e população mais jovem do Brasil, diz pesquisa do IBGE

Ao longo da década analisada, a população total cresceu 7,6% no país. Aumentou de 197,7 milhões para 212,7 milhões entre 2012 e 2021.

A população parda apresentava os maiores percentuais no Norte (73,4%). (Foto: Zanone Fraissat_Folhapress)

Dados da pesquisa Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Características Gerais dos Moradores- divulgada nesta sexta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostram que a região Norte, em 2021, apresentava a maior concentração populacional do Brasil nos grupos de idade mais jovens, com 30,7% de sua população com menos de 18 anos de idade, seguida pela Região Nordeste (27,3%). O Norte é, ainda, a única região em que há maior concentração de homens (102,3 para cada 100 mulheres).

Ao longo da década analisada – de 2012 a 2021 – a população total cresceu 7,6% no país. Aumentou de 197,7 milhões para 212,7 milhões entre 2012 e 2021. Esse contingente também envolve pessoas que se declaram indígenas e amarelas ou sem declaração.

Segundo o IBGE, a estimativa populacional ainda não incorporou os efeitos da pandemia de Covid-19, que já provocou mais de 670 mil mortes no país desde 2020.

Jovens

Ao contrário da região Norte , a população do Brasil está mais velha. Entre 2012 e 2021, o número de pessoas abaixo de 30 anos de idade no país caiu 5,4%, enquanto houve aumento em todos os grupos acima dessa faixa etária no período.

Com isso, pessoas de 30 anos ou mais passaram a representar 56,1% da população total em 2021. Esse percentual era de 50,1% em 2012, início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – Características Gerais dos Moradores.

No período da pesquisa, a parcela de pessoas com 60 anos ou mais saltou de 11,3% para 14,7% da população. Em números absolutos, esse grupo etário passou de 22,3 milhões para 31,2 milhões, crescendo 39,8% no período.

“Os dados mostram a queda de participação da população abaixo de 30 anos e, também, dessa população em termos absolutos. Essa queda é um reflexo da acentuada diminuição da fecundidade que vem ocorrendo no país nas últimas décadas e que já foi mostrada em outras pesquisas do IBGE”, observa o analista da pesquisa, Gustavo Geaquinto. O número de pessoas abaixo de 30 anos no país passou de 98,7 milhões, em 2012, para 93,3 milhões, no ano passado.

Nas Regiões Sudeste e Sul, esse indicador baixava para 22,7% e 23,5%, respectivamente, e a média nacional ficava em 25,0%. No entanto, ainda que o Norte e o Nordeste apresentassem maior proporção de jovens em sua população, estima-se que, entre 2012 e 2021, houve redução mais acentuada da população de menos de 18 anos de idade, comparadas às
demais Grandes Regiões.

Por sua vez, as maiores concentrações de população de 60 anos ou mais de idade ocorreram no Sudeste (16,6%) e no Sul (16,2%) e a menor no Norte (9,9%). A participação da população idosa cresceu em todas as Grandes Regiões na comparação com 2012.

Sexo

Em 2021, a concentração de homens era mais elevada na Região Norte, com 102,3 homens para 100 mulheres, ao passo que as Regiões Nordeste e Sudeste apresentaram as maiores participações de mulheres na população.

Em 2021, da população residente estimada em 212,7 milhões de pessoas, as mulheres totalizavam 108,7 milhões (51,1%), enquanto os homens correspondiam a 103,9 milhões de pessoas (48,9%). Não foi verificada alteração relevante nessas participações entre 2012 e 2021.

A razão de sexo, calculada pelo quociente entre o número de pessoas do sexo masculino e o número de pessoas do sexo feminino, indicou haver 95,6 homens para cada 100 mulheres no Brasil em 2021 – valor próximo aos observados em 2012 e 2020.

Dentre os fatores que podem influenciar nas diferenças regionais de razão de sexo, citam-se os fluxos migratórios e os diferenciais de mortalidade entre as Regiões.

Pardos são maioria no Norte

Em uma década, a população brasileira teve aumento na participação de pessoas autodeclaradas pretas e pardas. A população parda apresentava os maiores percentuais no Norte (73,4%), no Nordeste (63,1%) e no Centro-Oeste (55,8%). Enquanto isso, a proporção de brancos diminuiu, diz a pesquisa do IBGE.

No período da década pesquisada, a participação de pessoas pardas subiu de 45,6% para 47%. Em termos absolutos, o grupo aumentou de 90,2 milhões para 99,9 milhões, o equivalente a uma alta de 10,8%.

A participação de pessoas pretas, por sua vez, avançou de 7,4% para 9,1%. O contingente pulou de 14,6 milhões para 19,3 milhões, um crescimento de 32,4% na década.

Já a parcela de pessoas brancas recuou de 46,3% para 43%. O número absoluto passou de 91,6 milhões para 91,5 milhões, o que o IBGE considera como estabilidade.

O IBGE ainda apontou diferenças regionais no recorte de cor ou raça. Em 2021, a região Nordeste tinha a maior proporção de pessoas autodeclaradas pretas (11,4%), seguida por Sudeste (9,6%) e Centro-Oeste (8,7%).

O Sul tinha a maior parcela de brasileiros caracterizados como brancos (75,1%), seguido pelo Sudeste (50,7%). O Norte (17,7%), por sua vez, apresentava a menor estimativa.

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