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Brasil

Polícia do Ministério Público da União atuará na Amazônia

Aumento da atuação do Ministério Público da União na região Norte terá apoio de nova força de segurança própria diminuindo necessidade de efetivos do Exército e outras polícias.

A futura Polícia do Ministério Público da União (MPU) permitirá aumentar as operações e a presença de procuradores na Amazônia sem ser necessário tanto apoio de policiais militares, civis e federais, e soldados das Forças Armadas, disse nesta segunda-feira (10/10) o procurador-geral da República, Augusto Aras.

“Com a aprovação pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) há dois anos da Polícia do Judiciário, o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) pôde facultar à Procuradoria-Geral a criação de uma polícia para a proteção dos membros e servidores do MPU, inclusive dos estados, nas operações. Não será necessário ter que requisitar de estados tantos policiais, e nem desfalcar em demasia as corporações policiais, prejudicando a proteção direta da sociedade”, ressaltou o PGR.

Aras acrescentou que igualmente as Forças Armadas e a Polícia Federal, que dão suporte semelhante à instituição no Norte do país e em outros estados, ficarão desafogadas de deslocar muitos de seus efetivos e agentes, respectivamente, para proteger os integrantes do MPU.

Em maio, o PGR oficializou a criação de 30 representações do Ministério Público na Amazônia. Cinco compartilharão atuação no Acre, Rondônia e Roraima, e mais cinco no Pará, Amapá e zonas mato-grossenses vizinhas da porção amazônica brasileira. As demais 20 terão funções de coordenação para tutela de unidades de conservação ambiental em todo a região Norte.

O MPU é composto por quatro ramos: Ministério Público Federal, Ministério Público Militar (MPM); Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e Ministério Público do Trabalho (MPT).

“A polícia do MPU, de modo algum, substituirá e nem se confunde com o imprescindível trabalho de todas as forças de segurança, nossas parceiras de sempre e com quem continuamos contando para atuar de forma conjunta e irmanada, especialmente a Polícia Judiciária Federal”, enfatizou o PGR.

Complementariedade – Aras observou que o contingente, prestes a ser oficializado, “terá atividades complementares e uma de suas grandes contribuições será não onerar as atribuições dos envolvidos diretamente na Segurança Pública em geral e na Defesa Nacional”.

Atualmente, o Ministério Público da União possui cerca de mil agentes de segurança concursados, mas sem regramento disciplinar e de atuação análogo ao da polícia judicial.

“Pretendemos que o regimento interno seja um dos mais rígidos, se não o mais rígido”, sublinhou o PGR.

A criação da Polícia do MPU possibilitará que seus integrantes tenham segurança jurídica na atuação, o que os respaldará para ter poder de polícia, como por exemplo, restrição ao porte de arma em ambientes e locais de atenção e presença dos procuradores.

Ampliação – A futura força de apoio ao Ministério Público da União incorporará os agentes do atual grupo de segurança que forem aprovados em testes de aptidão física, psicológica e técnica.

Mesmo assim, representantes da instituição calculam que a futura polícia teria que ampliar esse contingente em pelo menos 30%. Além disso, devido a pedidos de aposentadoria e de desligamento, a força poderá começar oficialmente com um terço a menos da quantidade das pessoas com que conta agora.

Para repor quem está saindo e chegar a um mínimo de 1,3 mil policiais no MPU será necessário fazer concurso público, ainda sem qualquer previsão de realização.

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