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Brasil

PGR solicita apuração de agressões sofridas por jornalistas em manifestação

Augusto Aras pediu que Ministério Público apure o fato, que ele vê com gravidade, “considerada a dimensão constitucional da liberdade de imprensa”

O procurador-geral da República, Augusto Aras, enviou ofício à procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP/DFT), Fabiana Costa Oliveira Barreto, solicitando a apuração das agressões sofridas por jornalistas durante ato realizado em Brasília, no domingo (3), na Praça dos Três Poderes.

“Chegou ao conhecimento desta Procuradoria-Geral da República que, na data de ontem, 3 de maio de 2020, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, profissionais jornalistas foram agredidos em manifestação popular ocorrida em frente ao Palácio do Planalto, fato amplamente divulgado nos veículos de comunicação”, escreveu Augusto Aras no ofício enviado nesta segunda-feira (4).

“Tais eventos, no entender deste procurador-geral da República, são dotados de elevada gravidade, considerada a dimensão constitucional da liberdade de imprensa, elemento integrante do núcleo fundamental do Estado Democrático de Direito. Em razão disso, observadas as eventuais condições de procedibilidade (art. 88 da Lei 9.099/1995), solicito a vossa excelência a adoção das providências necessárias à apuração dos fatos e responsabilização criminal dos seus autores”, afirmou.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, o fotógrafo Dida Sampaio foi agredido quando acompanhava a manifestação pró-governo realizada nesse domingo. O profissional registrava imagens do presidente da República em frente à rampa do Palácio do Planalto, numa área restrita à imprensa, no momento da agressão. O motorista do jornal, Marcos Pereira, que apoiava a equipe de reportagem, também foi agredido fisicamente, ainda de acordo com O Estado de S. Paulo. Outros repórteres do jornal e de outros veículos de imprensa também relataram ter sido alvos de ameaças e agressões verbais.

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