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Brasil

PF investiga desvio de R$ 50 milhões do Ministério do Trabalho

Um dos alvos da Operação Gaveteiro é o ex-ministro do Trabalho e hoje presidente da Funasa, Ronaldo Nogueira

Brasília: O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, durante entrevista coletiva para a divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

A Polícia Federal deflagrou hoje (6/2) a Operação Gaveteiro, para apurar o desvio de mais de R$ 50 milhões do então Ministério do Trabalho, entre 2916 e 2018, por meio da contratação de uma empresa do ramo da tecnologia da informação.

Policiais federais dão cumprimento a 2 mandados de prisão preventiva e a 41 mandados de busca e apreensão, no Distrito Federal, Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Além das prisões e buscas, a Justiça Federal também determinou o bloqueio do valor aproximado de R$ 76 milhões nas contas dos investigados. Foram concedidas ainda medidas cautelares proibindo os investigados de se ausentarem do País.

De acordo com O Globo,  ex-deputado federal e ex-ministro do Trabalho do governo Temer, Ronaldo Nogueira, que hoje é presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), ligada ao Ministério da Saúde, está entre os alvos dos mandados de busca. A matéria afirma que a PF chegou a pedir a prisão de Nogueira, mas ela foi negada pela Justiça.

As investigações, iniciadas em razão de relatório da Controladoria Geral da União (CGU), apontam que a contratação da empresa foi um subterfúgio utilizado pela organização criminosa que atuava no Ministério do Trabalho para desviar, entre os anos de 2016 e 2018, mais de R$ 50 milhões do órgão. O objeto da contratação foi a aquisição de solução de tecnologia e licenças, voltadas a gerir sistemas informatizados do Ministério do Trabalho e detectar fraudes na concessão de Seguro-Desemprego.

Os envolvidos responderão pelos crimes de peculato, organização criminosa, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva, com penas que, se somadas, podem chegar a mais de 40 anos de prisão.

 

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