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Brasil

Oscilação no clima vai mudar o tempo no Brasil e diminuir seca na Amazônia nos próximos dias, aponta MetSul

Áreas que enfrentam meses de seca devem finalmente registrar precipitação.

Uma mudança importante no clima deve atingir o Brasil e o continente americano nas próximas semanas. O fenômeno é impulsionado pela OMJ (Oscilação de Madden-Julian), que altera o padrão meteorológico em escala global. Regiões do Centro-Oeste, Sudeste e sul da Amazônia, normalmente muito secas nesta época do ano, devem ser beneficiadas. As informações são da MetSul Meteorologia.

No território brasileiro, o efeito será o aumento da instabilidade atmosférica, especialmente na faixa tropical. Áreas que enfrentam meses de seca devem finalmente registrar precipitação, incluindo cidades como Brasília, que não tem chuva significativa desde maio. Seca prolongada vai acabar.

A expectativa é de pancadas irregulares, mas em alguns municípios há risco de temporais isolados e até nuvens de poeira geradas por tempestades localizadas.

Mais ao Sul do país, onde setembro já é um mês naturalmente chuvoso, a influência da oscilação deve intensificar ainda mais as precipitações. Entre os dias 19 e 27, há possibilidade de volumes elevados no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Risco de ciclones extratropicais.

Além de aumentar a chance de furacões no Hemisfério Norte, a oscilação também favorece a formação de ciclones extratropicais na América do Sul. Assim, não está descartada a ocorrência de mais um ciclone impactando o Sul do Brasil até o fim do mês.

A oscilação também vai coincidir com o período historicamente mais favorável à formação de ciclones tropicais no Caribe e no Golfo do México. Segundo a MetSul Meteorologia, o movimento ascendente do ar cria condições para mais tempestades e pode intensificar a temporada de furacões no Atlântico Norte. \

A OMJ é um dos principais modos de variabilidade da atmosfera tropical. Descoberta nos anos 1970, ela é como de uma onda que percorre a linha do Equador de Oeste para Leste em ciclos de 30 a 60 dias, alternando fases de maior e menor formação de nuvens e tempestades.

Quando ativa, a oscilação intensifica a convecção tropical e aumenta as chuvas. Quando inativa, inibe a formação de tempestades e prolonga períodos secos. Além de afetar regiões tropicais, também interfere em fenômenos de latitudes médias, como ondas de frio e o desenvolvimento de ciclones.

No país, a OMJ influencia diretamente a estação chuvosa, podendo reforçar episódios de Zonas de Convergência do Atlântico Sul. Dependendo de sua fase, pode ainda intensificar ou amenizar os efeitos de fenômenos como El Niño e La Niña.


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