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Brasil

Norte e Nordeste registraram os maiores porcentuais de pessoas migraram do desemprego para o trabalho autônomo

Os dados são da Sondagem do Mercado de Trabalho divulgados nesta quarta-feira (15/02), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

Apenas um a cada quatro (23%) entregadores e motoristas autônomos paga contribuição ao INSS. (Foto:Bruno Kelly_Reuters)

As regiões que registraram os maiores porcentuais de pessoas que migraram do desemprego para o trabalho por conta própria foram Norte (28,9%) e Nordeste (24,7%), segundo dados da Sondagem do Mercado de Trabalho divulgados nesta quarta-feira (15/02), pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

A sondagem aponta que três em cada quatro trabalhadores atuando por conta própria no Nordeste e Centro-Oeste desejam encontrar um emprego formal no setor público ou privado.

O trabalho por conta própria — sem vínculo empregatício e caracterizado, na maioria das vezes, pela precariedade e ausência de proteção social — concentra cerca de 25% dos ocupados no país, chegando a superar 30% dos empregos em algumas regiões, ressaltou a FGV, citando as informações da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) apurada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Na média nacional, 69,6% dos trabalhadores por conta própria gostariam de ter algum vínculo formal com uma empresa pública ou privada, enquanto que apenas 30,4% preferem manter-se na situação atual.

A região Nordeste registrou a maior proporção de trabalhadores por conta própria que gostariam de estar ligados a uma empresa (76,7% deles), seguida pelo Centro-Oeste (75,2%).

Conforme dados da sondagem coletados em dezembro de 2022, 57,1% dos trabalhadores por conta própria atuando no Brasil trabalhavam anteriormente como empregados com carteira assinada. Essa proporção foi maior entre os conta própria no Centro-Oeste (66,5%), Sudeste (63,3%) e Norte (62,2%).

“A principal ocupação anterior, em todas as regiões do país, era a do trabalhador empregado com carteira assinada, sugerindo que essas pessoas perderam seus empregos e migraram para a categoria dos conta própria”, avaliou a FGV, em nota.

A Sondagem do Mercado de Trabalho consulta, mensalmente, cerca de duas mil pessoas físicas com mais de 14 anos de idade em todo o território nacional. Os dados dessa divulgação foram coletados entre agosto e dezembro de 2022.

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