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Brasil

Norte e Centro-Oeste registram o menor índice dos que não têm nenhum medo de ser demitido, aponta CNI

Pesquisa aponta uma mudança significativa no sentimento dos brasileiros sobre ser dispensado do trabalho atual: 52% da população afirma ter pouca ou nenhuma preocupação em perder o emprego.

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O medo de ser demitido está menor neste ano. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta uma mudança significativa no sentimento dos brasileiros sobre ser dispensado do trabalho atual: 52% da população afirma ter pouca ou nenhuma preocupação em perder o emprego, 15% têm medo médio e 31% têm grande medo. Foram ouvidos 2.012 brasileiros, em todo Brasil, em fevereiro.

Na região Sudeste 37% dos entrevistados não têm nenhum medo de perder o emprego, enquanto na região Norte/Centro-Oeste só 22% dos entrevistados afirmaram não têm nenhum medo de ser desligado do trabalho.

Em 2018 e em 2021, o percentual da população com grande medo de ser perder o emprego atingia 44% dos entrevistados, de acordo com pesquisas da CNI com a população. No auge da pandemia do Covid 19, em maio de 2020, a preocupação excessiva com o desemprego rodeou a mente de 48% dos brasileiros. O cenário, atualmente, é outro.

“A percepção da população está relacionada com um mercado de trabalho mais aquecido. Na virada de 2023 para 2024, o desemprego ficou estável e percebemos um aumento das ocupações. Na indústria, o aumento da massa salarial é uma realidade, com impacto, inclusive, nos custos industriais, que subiram 13% no segundo semestre do ano passado”, explica o superintendente de Economia, Mário Sérgio Telles.

A pesquisa mostra uma relação significativa entre a idade dos entrevistados e a inexistência de medo de perder o emprego: enquanto apenas 20% daqueles que têm entre 16 e 24 anos não têm nenhum medo de perder o emprego, esse percentual aumenta progressivamente com a idade e atinge 54% entre aqueles com 60 anos ou mais.

O nível de escolaridade e a renda dos entrevistados também influencia nessa sensação: 45% daqueles que ganham mais de cinco salários mínimos não têm nenhum medo de perder o emprego. Esse percentual cai progressivamente com menores níveis de escolaridade e atinge 27% entre aqueles que ganham até um salário mínimo.

A pesquisa foi feita em parceria com o Instituto de Pesquisa em reputação e Imagem (IPRI). Foram ouvidas 2.012 pessoas nos 26 estados e no Distrito Federal. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com intervalo de confiança de 95%.

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