Brasil
No STF, Torres fala em ‘falha grave’ em 8 de Janeiro, quando ele estava na Disney
Torres diz que nunca discutiu iniciativa de golpe e ficou “desesperado” no 8/1.

O ex-ministro Anderson Torres disse em depoimento no STF (Supremo Tribunal Federal) que houve “falha grave” durante o 8 de Janeiro no cumprimento dos protocolos de segurança deixados por ele, que viajou para a Disney naquela ocasião.
De acordo com o site UOL, ele disse que deixou assinado um protocolo de segurança para ser aplicado, caso fosse necessário, uma vez que havia um acampamento golpista em frente ao QG do Exército em Brasília. “Viajei de certa forma tranquilo”, afirmou. “Dois meses antes o acampamento estava lotado, mas naquela manhã só havia tendas”, disse Torres em depoimento. “Viajei adotando todas as providências que o secretário de Segurança Pública tem que tomar, principalmente deixando esse protocolo assinado”, acrescentou. “Houve falha na aplicação do protocolo.”
Nada indicava invasão de manifestantes dos acampamentos, diz Torres. Ele ocupava o cargo de secretário de Segurança do Distrito Federal em 8 de janeiro de 2023, no dia em que apoiadores de Bolsonaro invadiram e depredaram os prédios na praça dos Três Poderes. Segundo ele, nada indicava que aconteceria um ataque e os acampamentos estavam esvaziados.
Torres justifica ausência no 8 de Janeiro com férias. O ex-ministro disse que suas férias estavam programadas com a família e que ele havia comprado suas passagens no dia 21 de novembro, antes que tivesse havido qualquer manifestação com violência em Brasília.
Torres diz que nunca discutiu iniciativa de golpe e ficou “desesperado” no 8/1. Ele conta que ficou “desesperado” e que ligou “para todo mundo” em 8 de janeiro de 2023. Também negou ter participado de plano golpista. “Nunca discuti esse tipo de assunto.”
Ele chamou a minuta do golpe encontrada em sua casa de “minuta do Google”. Negou ser o autor do documento. Disse ainda que havia erros de português e que ela estava em sua casa para ser descartada.
“Nunca trabalhei isso, o documento era muito mal escrito, cheio de erros de português, concordância. Até o nome do tribunal estava escrito errado. Não é da minha lavra, não sei quem fez, quem mandou fazer e nunca, nunca discuti esse tipo de assunto”, disse Torres.
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