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No Fórum de Davos, Mourão pede participação do setor privado na Amazônia

Na conferência, o vice-presidente do Brasil disse que pretende retomar o Fundo Amazônia a partir de novas tratativas com Noruega e Alemanha, os 2 principais financiadores.

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, disse nesta 4ª feira (27.jan.2021) que o futuro sustentável da região amazônica será realidade somente com a participação e o investimento do setor privado. A declaração foi feita na edição online do Fórum Econômico Mundial, a Davos Agenda.

“Mesmo que o interesse internacional sobre a Amazônia tenha aumentado, não se pode dizer o mesmo dos investimentos internacionais, que são aquém do necessário”, disse o vice-presidente em discurso feito logo depois do presidente da Colômbia, Ivan Duque.

“Sem o resultado dos esforços comuns de parceiros, tanto públicos como privados, não vamos conseguir atingir esses objetivos de ter uma Amazônia preservada e próspera”, declarou Mourão.

“Vamos ser sinceros: nosso governo carrega a maior responsabilidade de preservação, porém, no desenvolvimento sustentável, sobretudo para a região amazônica, só vamos ser bem-sucedidos se tivermos um envolvimento maior do setor privado”, completou.

Na conferência, o vice-presidente do Brasil disse que pretende retomar o Fundo Amazônia a partir de novas tratativas com Noruega e Alemanha, os 2 principais financiadores.

“Para manter esse bom histórico de realizações, queremos retomar as negociações com esses 2 governos”, disse.

Em 2018, o governo extinguiu o Cofa (Comitê Orientador do Fundo Amazônia). O grupo era o responsável por definir critérios de aplicação dos recursos na floresta. Em maio de 2019, o governo demonstrou intenção de mudar o direcionamento de parte dos recursos –para pagamento de indenizações a donos de propriedades privadas. Na época, a Noruega e a Alemanha se colocaram contra a proposta, e ameaçaram deixar o fundo caso a mudança fosse efetivada.

Desmatamento

O vice-presidente afirmou que o governo brasileiro tem trabalhado para conter os incêndios criminosos e o desmatamento. “O Brasil trabalhou sem parar para lutar contra os incêndios ilegais e o desmatamento. Foi uma causa difícil, mas não impossível de ganhar”, disse.

Segundo ele, o governo Bolsonaro trabalha “para que nossas agências ambientais possam trabalhar com plena capacidade na floresta”.

Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro não participou desta edição do Fórum Mundial de Davos. O evento, que começou na 2ª feira (25.jan), conta com a participação de líderes como Angela Merkel, primeira-ministra da Alemanha, Emmanuel Macron, presidente da França, Alberto Fernández, presidente da Argentina, e Ivan Duque.

O vice-presidente Mourão representou o Brasil no debate sobre a Amazônia. O ministro Paulo Guedes (Economia) e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), também foram escalados para participar de conferências.

Em 2019, o discurso do presidente Jair Bolsonaro em Davos, na abertura do Fórum Econômico Mundial foi noticiado nos principais jornais do mundo como uma declaração considerada breve. Durou apenas 5 minutos e 40 segundos –algo incomum para os padrões do evento.

À época, Bolsonaro afirmou que o Brasil “ainda é uma economia relativamente fechada ao comércio internacional” e prometeu “integrar o país ao mundo”.

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