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Ministério da Saúde descarta coronavírus em paciente internado em Niterói

Segundo a pasta, acompanhamento médico seguirá o fluxo de procedimentos para Influenza

Brasil segue sem casos de coronavírus. Foto: Erasmo Salomão/ Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde informou, nesta segunda-feira (27), que o caso de um paciente internado no Hospital Icaraí, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, com suspeita de contaminação por coronavírus, não se enquadra na atual definição da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o NCOV-2019 (o novo coronavírus).
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o paciente, no entanto, continuará sendo acompanhado. “Seguirá, portanto, o fluxo de procedimentos para Influenza e, desta forma, estabelecer seu diagnóstico apropriado”, diz a nota.
Sem casos suspeitos no país, a pasta realizou, na última sexta-feira (24), uma videoconferência com as Secretarias Estaduais de Saúde do Brasil para atualizar a situação sobre os casos de doença respiratória na China. A reunião foi realizada por meio do Comitê de Operações de Emergência (COE) para reforçar as diretrizes brasileiras para vigilância dos casos.
O comitê tem como objetivo preparar a rede pública de saúde para o atendimento de possíveis casos no Brasil. Os sinais e sintomas clínicos do coronavírus são principalmente respiratórios, como febre, tosse e dificuldade para respirar.
Para reduzir os riscos de contaminação, especialistas recomendam realizar frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir alimentos, utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir, evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca. Além disso, é importante não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas, manter os ambientes bem ventilados, evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença.

Difícil controle – Um especialista japonês ouvido pela NHK (emissora pública de televisão do Japão) afirmou que será difícil controlar infecções e prevenir a disseminação do novo coronavírus.
O professor Mitsuo Kaku, da Universidade de Medicina e Farmácia de Tohoku, afirma que infecções podem ocorrer mesmo quando as pessoas não apresentam sintomas e que autoridades chinesas parecem ter uma crescente noção de urgência em relação aos casos, pois pessoas infectadas com o vírus provavelmente continuam a disseminá-lo mesmo durante o período de incubação.
Kaku disse que a nova linhagem do vírus é diferente dos que causaram as epidemias de síndromes respiratórias agudas SARS e MERS. Acredita-se que, na ausência de sintomas como tosse e coriza, pacientes acometidos pela SARS ou MERS não teriam infectado outras pessoas.
O professor alerta que quem possui doenças crônicas pode ficar gravemente doente se for infectado pelo novo vírus. Ele insiste que as pessoas não encarem o vírus de forma branda, pois trata-se de uma nova linhagem que nunca antes havia infectado seres humanos.
Kaku diz que médicos especialistas têm dificuldade em diagnosticar pacientes que apresentam apenas sintomas leves. E pede que as pessoas evitem tocar o nariz, a boca e os olhos para minimizar o contágio.
Até esta segunda-feira, o coronavírus já registrava mais 2,7 mil casos confirmados na China, causando 81 mortes, segundo a agência Reuters.

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