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Brasil

Megaoperação da polícia de Pernambuco para prender mais de 60 suspeitos de tráfico de drogas que movimentaram R$ 500 milhões teve alvos no Amazonas

Ao todo, 140 pessoas são investigadas em vários estados na operação ‘Efeito Helicóptero’, que cumpriu 84 mandados de busca e apreensão.

A Polícia Civil de Pernambuco deflagrou nesta quarta-feira (25/10) uma operação para prender mais de 66 suspeitos de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro que atuavam em 20 estados do Brasil e movimentaram cerca de R$ 500 milhões entre 2021 e 2022, segundo a corporação. A Secretaria de Estado de Segurança do Amazonas (SSP-AM), informo que foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Manaus, que resultaram na apreensão de R$ 97,5 mil em espécie e na prisão de um suspeito por posse ou porte ilegal de arma de uso restrito.

Ao todo, 140 pessoas são investigadas na operação ‘Efeito Helicóptero’, que cumpriu 84 mandados de busca e apreensão, em parceria com a Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública (DIOPI/SENASP), por meio do Projeto Impulse, inserido no Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (ENFOC/MJSP).

A ação investiga uma organização criminosa atuante no tráfico de drogas, financiamento do tráfico e lavagem de dinheiro. Ao todo, a ação mirou em cerca de 100 alvos com mandado de prisão e de busca em todo o Brasil. São 140 alvos investigados, 66 mandados de prisão temporária de 30 dias e 84 buscas e apreensões domiciliares em todo país.

Polícia Civil de Pernambuco classifica operação como ‘uma das maiores de sua história’. A 5ª Vara Criminal da Comarca de Recife ordenou o sequestro de veículos e imóveis, bloqueio judicial de contas bancárias e de contas de criptomoedas e revogação do registro e porte de arma de fogo. Pedras preciosas e 3.596 munições de fuzil foram apreendidas em Mato Grosso.

Entre os mandados de prisão cumpridos até o momento, 17 foram direcionados a homens que já cumprem pena em presídios espalhados pelo estado de Pernambuco. A corporação contou com a participação de 340 agentes pernambucanos, além de policiais civis e federais de outros estados.
A ação é coordenada em parceria com a Diretoria de Operações Integradas (Diopi) e de Inteligência da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). Teve a parceria
da Polícia Federal (PF) e das polícias civis do Amazonas, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.

Investigação

De acordo com o delegado José Custódio, da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco) de Pernambuco, a investigação começou após a apreensão de 23 quilos de cocaína no bairro de Jardim São Paulo, na Zona Oeste do Recife. Uma pessoa foi presa pela Polícia Militar.
“Resolvi iniciar uma investigação para identificar os financiadores, fornecedores e quem seriam os beneficiários desse crime. Então, a gente identificou presidiários de várias unidades prisionais em Pernambuco que estavam financiando o tráfico no Grande Recife e remetiam a droga para a pessoa que foi presa”, afirmou o delegado.
José Custódio disse, também, que o dinheiro resultante da venda das drogas era enviado para empresas de fachada em outros estados. Eram empresas de eventos, mídias digitais e comércio de ouro.

“As transações financeiras entre os investigados giram em torno de meio bilhão de reais. Alguns presidiários chegaram a movimentar mais de R$ 3 milhões. Outros, mais de R$ 2 milhões ou R$ 1,5 milhão. Aí a gente totaliza quase meio bilhão, focando inclusive nos anos de 2021 e 2022”, explicou.

Ainda segundo o delegado, um dos homens investigados dobrou o valor de sua conta bancária enquanto permanecia preso. Ao menos nove pessoas tiverem bloqueio de criptoativos, uma espécie de “dinheiro virtual” protegido por criptografia.

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