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Brasil

Maior míssil brasileiro de longo alcance é disparado pela primeira vez na Amazônia durante Operação Atlas

Exército e Força Aérea realizaram simulação de combate em Bonfim, com uso do sistema Astros, tecnologia nacional capaz de atingir alvos a 300 km de distância.

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O maior míssil de longo alcance desenvolvido no Brasil, do sistema Astros, foi disparado pela primeira vez na região amazônica durante um exercício militar realizado nesta quinta-feira (9) em Bonfim, município de Roraima, na fronteira com a Guiana. A ação faz parte da Operação Atlas 2025, considerada o maior treinamento conjunto das Forças Armadas no país. As informações são do g1 em Roraima.

O disparo ocorreu na Serra do Tucano, área isolada usada para o treinamento de tropas do Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB). O sistema Astros — sigla para Artillery Saturation Rocket System — é capaz de lançar foguetes e mísseis que alcançam até 300 quilômetros de distância, com alto grau de precisão.

“A Operação Atlas coroou um deslocamento inédito de tropas e equipamentos de todas as regiões do país até Roraima, demonstrando a integração entre Exército, Marinha e Aeronáutica”, destacou o general Viana Filho, comandante militar da Amazônia.

O treinamento simulou um cenário real de confronto armado, com apoio de aeronaves de combate da FAB, tanques, blindados e artilharia terrestre. A operação, segundo o Ministério da Defesa, tem o objetivo de avaliar a interoperabilidade — ou seja, a capacidade de atuação conjunta das três forças — e aprimorar estratégias de defesa na Amazônia.

A Operação Atlas ocorre em meio a tensões internacionais envolvendo ataques dos Estados Unidos a embarcações venezuelanas no mar do Caribe. O Ministério da Defesa nega qualquer relação entre o treinamento e esses acontecimentos, afirmando que se trata de uma atividade rotineira de preparação e não de resposta a conflitos externos.

O exercício conta com quase 10 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, sendo 6 mil somente em Roraima. Todas as ações realizadas em campo são transmitidas via satélite para o Centro de Operações Conjuntas, em Brasília.

“Essas tecnologias, como o uso de drones e sistemas de mísseis, mostram a evolução da doutrina militar terrestre e reforçam a presença das Forças Armadas na Amazônia”, completou o general Viana Filho.

As atividades da Operação Atlas seguem até o dia 9 de outubro e incluem demonstrações em Boa Vista, Bonfim, Manaus e outras regiões estratégicas da Amazônia.


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