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Lava-Jato mira propina a Palocci e Mantega delatada por executivos da Odebrecht

São alvos de mandados de prisão o ex-executivo da empreiteira Maurício Ferro e o advogado Nilton Serson. Genro de Emilio Odebrecht e um dos raros homens do antigo alto comando da companhia a não fazer delação premiada.

A Polícia Federal deflagrou a 63ª fase da Operação Lava-Jato , na manhã desta quarta-feira, para investigar a suspeita de pagamentos da empreiteira Odebrecht a dois ex-ministros . Os agentes cumprem dois mandados de prisão temporária e outros 11 de busca e apreensão em São Paulo e na Bahia. Delações de executivos da companhia apontaram “Italiano” como o apelido do ex-ministro Antônio Palocci, e “Pós-Itália”, do também ex-ministro Guido Mantega.

São alvos de mandados de prisão o ex-executivo da empreiteira Maurício Ferro e o advogado Nilton Serson. Genro de Emilio Odebrecht e um dos raros homens do antigo alto comando da companhia a não fazer delação premiada, conforme informou o colunista do GLOBO Lauro Jardim , Ferro foi preso antes das 7h, segundo o G1.

Com os mandados, a PF investiga os crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Foi determinado o bloqueio de R$ 555 milhões dos investigados. Segundo a Polícia Federal, o pagamento de propina visava à aprovação de medidas provisórias que instituíram o programa Refis da Crise, entre outros objetivos.

A investigação leva em conta uma ação penal que apura a informação de que Palocci e Mantega agiram de forma ilícita para favorecer os interesses da Brasken. De acordo com a investigação, Mantega solicitou a Marcelo Odebrecht propina de R$ 50 milhões como contrapartida para as edições de duas Medidas Provisórias. O pedido, segundo a PF, foi aceito por Marcelo e pago pela Brasken.

Há indicativos, de acordo com a investigação, de que os valores teriam sido entregues a um casal de publicitários. Há um ano, a força-tarefa da Lava-Jato apresentou denúncia contra Mantega e Palocci pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em medidas que beneficiaram diretamente empresas do Grupo Odebrecht, como a Braskem, do setor petroquímico.

Na época o casal de publicitários João Santana e Mônica Moura, além de André Santana, filho do marqueteiro do PT, também foram denunciados pelo mesmo episódio. Os dois chegaram a ser presos, permaneceram de tornozeleiras eletrônicas e foram soltos meses depois.

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