Brasil
Instituto Vladimir Herzog vence Prêmio de Direitos Humanos da UE com projeto de proteção a jornalistas na Amazônia
O relatório “Fronteiras da Informação”, que reúne dados sobre a violência enfrentada por esses profissionais na região, motivou a premiação.

O Instituto Vladimir Herzog conquistou o Prêmio de Direitos Humanos da União Europeia em 2025 com um projeto de proteção a jornalistas e comunicadores que atuam na Amazônia, iniciado no ano passado, com a publicação do relatório “Fronteiras da Informação”, que reúne dados sobre a violência enfrentada por esses profissionais na região.
A iniciativa, que tem parceiros como o Google Brasil, a Embaixada da Noruega e a Embaixada dos Países Baixos, inclui, além desse retrato, treinamento, apoio psicológico, jurídico, mecanismos de denúncia anônima aos jornalistas que trabalham na Amazônia. Segundo o instituto, o projeto também promove articulações institucionais para garantir a criação e a implementação de políticas públicas para enfrentar as dificuldades que se apresentam para a atuação desses profissionais na região.
A premiação é um reconhecimento da Delegação da União Europeia no Brasil e das embaixadas dos estados-membros do bloco concedido a organizações da sociedade civil que desenvolvem projetos no campo dos direitos humanos vinculados ao combate às mudanças climáticas. Nesta edição, o Instituto Vladimir Herzog foi a única organização premiada.
O Instituto Vladimir Herzog tem feito da proteção do jornalismo, dos jornalistas, e do combate à violência e a defesa da liberdade de expressão seu principal norte. Foi criado em lembrança de Vladimir Herzog, jornalista que foi assassinado pela ditadura militar, no dia 25 de outubro de 1975, crime que completa 50 anos este ano, sem que seus executores jamais tenham sido punidos. Ele foi morto dentro do II Exército em São Paulo.
Para o instituto, a premiação representa não apenas o reconhecimento internacional do trabalho da entidade, mas também o reconhecimento dos profissionais que atuam na Amazônia e que a entidade considera atores fundamentais para a luta contra a emergência climática, na defesa da democracia e da liberdade de expressão.
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