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Brasil

Incêndios na Amazônia atingem maior volume para junho em 15 anos, aponta INPE

Foram 2.562 focos de queimadas na região, segundo Inpe; no cerrado, fogo tem pior marca desde 2010 para o mês.

Queimada e desmatamento em floresta na Amazônia. (Foto: Andre Penner_AP)

As queimadas na Amazônia chegaram a um novo recorde histórico em junho. O Programa Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) contabilizou 2.562 focos de incêndio no bioma ao longo do mês. As informações são do UOL.

É o maior número de queimadas em junho dos últimos 15 anos —em 2007, o Inpe contabilizou 3.519 focos de queimada. De lá para cá, os valores ficaram abaixo de 2.000 focos nos meses de junho, até 2019.

Com a temporada seca, iniciada em maio, os números das queimadas passam a subir. O mês de junho teve 11% mais focos de incêndio do que o mês anterior.

O desmatamento foi de 1.476 km2, o que representa 44% do acumulado do ano, com uma devastação 31% superior ao do mesmo período do ano passado.

Um estudo publicado no último março no periódico científico Nature Climate Change concluiu, através da análise de imagens de satélite, que mais de 75% da floresta tem perdido estabilidade nos últimos 20 anos. O fenômeno é mais intenso na região Sul, onde há secas mais intensas.
O prolongamento das secas e o aumento das queimadas também aprofundam, por sua vez, os problemas de saúde, elevando os atendimentos hospitalares.

“Durante a ‘estação das queimadas’ na Amazônia brasileira, entre julho e outubro, aproximadamente 120 mil pessoas são hospitalizadas anualmente devido a problemas de asma, bronquite e pneumonia”, afirma uma nota técnica da ONG WWF publicada nesta quinta-feira (30).

O levantamento da WWF, feito a partir de relatório da Universidade Federal de Viçosa, mostra que o ar da floresta amazônica é limpo durante a estação chuvosa, mas fica poluído na estação seca.

“A fumaça decorrente dos incêndios na Amazônia é altamente tóxica, causando falta de ar, tosse e danos pulmonares à população, e respondem por 80% do aumento regional da poluição por partículas finas, afetando 24 milhões de pessoas que vivem na região”, afirma a nota.

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