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Brasil

Human Rigths Watch diz que Lula deve enfrentar crise na Amazônia com urgência

Durante a campanha eleitoral, Lula prometeu que iria retomar políticas de proteção ambiental e que não haveria mais aumento na devastação da Amazônia.

A Organização Não-Governamental (ONG) Human Rigths Watch (HRW) publicou um comunicado em que pede que o presidente eleito do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, coloque a crise na Amazônia como uma medida urgente de seu novo governo.

A publicação, da última sexta-feira (04/11) lembra que na próxima semana o petista participará da reunião das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP27, em Sharm el-Sheik, no Egito, e que já deveria “se comprometer com medidas concretas” sobre as questões ambientais.

“Com o início da COP27 após uma semana da eleição, Lula deveria especificar como pretende garantir o Estado de Direito na Amazônia e proteger tanto a floresta quanto seus defensores. Ele deveria se comprometer com o fortalecimento das agências ambientais e indigenista”, diz a diretora do Brasil da HRW, Maria Laura Canineu, no comunicado.

O texto ainda lembra que, em seu primeiro mandato como presidente, em 2003, “Lula herdou uma das maiores taxas anuais de desmatamento da Amazônia já registradas” até então. E que “no fim do seu segundo mandato, em 2010, a taxa de desmatamento havia caído 67%”.

Segundo a ONG, as políticas adotadas durante o governo de Jair Bolsonaro “permitiram na prática o aumento do desmatamento ilegal na Amazônia brasileira, um ecossistema vital para o combate às mudanças climáticas, e criaram um ambiente de impunidade para os responsáveis”.

“Sob Bolsonaro, o desmatamento na Amazônia aumentou 73% entre 2018 e 2021, atingindo seu mais alto nível em 15 anos. Segundo dados oficiais, cerca de 34.000 km² de floresta foram desmatados na Amazônia entre 2019 e 2021. Quase a totalidade dos alertas de desmatamento registrado em 2021 apresentava algum indício de irregularidade”, publicou a HRW.

Para Canineu, “o Brasil perdeu muito tempo no enfrentamento da urgente crise climática”. “A comunidade internacional deveria continuar monitorando de perto a situação na Amazônia e apoiar os esforços para combater o desmatamento e proteger os defensores da floresta”, pontua ainda.

Para a HRW, a equipe política que está fazendo o processo de transição entre os governos já deve preparar uma estratégica para “reverter a destruição ambiental desenfreada que ocorreu sob a presidência de Bolsonaro”.

Durante a campanha eleitoral, Lula prometeu que iria retomar políticas de proteção ambiental e que não haveria mais aumento na devastação da Amazônia, bem como práticas ilegais de garimpo seriam proibidas.

Segundo a mídia brasileira, o presidente eleito ainda deve aproveitar sua ida à COP27 para anunciar quem será o novo ministro da pasta do Meio Ambiente e ainda a criação do Ministério dos Povos Originários.

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