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Brasil

Hacker diz à Polícia Federal que Bolsonaro lhe perguntou se era possível invadir a urna eletrônica

O questionamento teria sido feito pelo então presidente no Palácio do Alvorada, conforme o depoimento de Delgatti.

Hacker Walter Delgatti foi alvo de um mandado de prisão preventiva nesta quarta-feira. (Foto:Reprodução)

Alvo de um mandado de prisão preventiva nesta quarta-feira, o hacker Walter Delgatti relatou à Polícia Federal que o ex-presidente Jair Bolsonaro lhe perguntou se era possível invadir a urna eletrônica. O questionamento teria sido feito pelo então presidente no Palácio do Alvorada, conforme o depoimento de Delgatti. Ele complementou ainda que Bolsonaro não teve relação com o acesso ao sistema do Conselho Nacional de Justiça, quando um mandado de prisão falso em nome do ministro Alexandre de Moraes foi incluído no banco de dados.

“Que apenas pode afirmar que a Deputada Carla Zambelli esteve envolvida nos atos do declarante, sendo que o declarante, conforme saiu em reportagem, encontrou o ex-Presidente Jair Bolsonaro no Palácio do Alvorada, tendo o mesmo lhe perguntado se o declarante, munido do código fonte, conseguiria invadir a Urna Eletrônica, mas isso não foi adiante, pois o acesso que foi dado pelo TSE foi apenas na sede do Tribunal, e o declarante não poderia ir até lá, sendo que tudo que foi colocado no Relatório das Forças Armadas foi com base em explicações do declarante”, diz trecho do inquérito policial.

Delgatti e a deputada Carla Zambelli (PL-SP) são investigados na operação 4FA deflagrada hoje, que investiga a invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça e a inserção de documentos e alvarás falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP). A parlamentar foi alvo de mandado de busca e apreensão. Os crimes ocorreram entre os dias 4 e 6 de janeiro de 2023, quando foram inseridos no sistema do CNJ um alvará falso de prisão do ministro Alexandre de Moraes e outros onze alvarás de soltura de pessoas presas por diferentes delitos.

O caso começou a tramitar na Justiça Federal, mas “subiu” para o Supremo em função do suposto envolvimento de Zambelli, que tem prerrogativa de foro privilegiado. No Twitter, o ministro da Justiça, Flávio Dino, escreveu que as ações ocorrem “no contexto dos ataques às instituições”.

As informações são do jornal O Globo.

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