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Golpes: 15,5 milhões de consumidores sofreram prejuízos financeiros nos últimos 12 meses, aponta CNDL / SPC Brasil

O principal tipo de golpe foi o pagamento adiantado de um benefício ou bem, que nunca recebeu (5%).

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Pagamento adiantado de um benefício ou bem que nunca recebeu e compra de produtos em anúncios falsos postados em redes sociais clonadas de amigos e/ou foram as principais fraudes

A cada dia surgem novos golpes financeiros que exigem do consumidor atenção e cuidado constantes. Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, mostra que 41% dos entrevistados sofreram alguma fraude ou alguma tentativa de fraude em instituições financeiras nos últimos 12 meses, representando aproximadamente 15,5 milhões de consumidores.

O principal tipo de golpe foi o pagamento adiantado de um benefício ou bem, que nunca recebeu (5%), transferência de dinheiro para compra de produtos em anúncios falsos postados em redes sociais clonadas de amigos e/ou conhecidos (4%), cartão de crédito e/ou débito clonado (3%), transferência bancária ou PIX para alguém se passando por um contato conhecido (3%), e transação financeira (saques, pagamentos ou transferências) na conta bancária sem autorização (3%).

“Os golpes financeiros estão cada vez mais sofisticados, exigindo do consumidor muita atenção e cautela na hora de cada transação. Um exemplo é o uso da inteligência artificial que muitas vezes recria a voz e até mesmo a imagem de uma pessoa conhecida para convencer as pessoas a fazerem uma compra falsa. É importante o consumidor sempre verificar e confirmar se aquela compra é real antes de fazer qualquer pagamento ou transferência”, alerta o presidente da CNDL, José César da Costa.

Depois do ocorrido, 28% negociaram com a empresa, instituição financeira ou pessoa para reaver valores, 28% procuraram a administradora do cartão de crédito, 18% que fizeram boletim de ocorrência e 15% procuraram um órgão de proteção ao consumidor.

38% afirmam não ter conseguido recuperar o dinheiro perdido com a fraude

De acordo com o estudo, a maioria (61%) conseguiu recuperar o dinheiro, sendo que 30% recuperaram o valor total perdido no golpe e 21% somente parte do valor do golpe. No entanto, 38% não recuperaram o dinheiro.

Além das perdas financeiras, um dos danos sofridos foi a restrição ao crédito: 27% dos que sofreram alguma fraude ficaram com o nome negativado. E 27% relataram que foi preciso acionar a Justiça para resolver o problema.

A contratação de um advogado ou uma empresa foi mencionada por 42% dos que sofreram algum tipo de fraude.

De acordo com os entrevistados, para evitar cair em fraudes, 64% evitam compartilhar informações pessoais desnecessárias, 55% desconfiam da possibilidade de ganhar dinheiro fácil, sempre checando informações oficiais, 53% desconfiam de contatos desconhecidos, ligações de números de outros estados, ou mensagens de pessoas não reconhecidas e 51% desconfiam de ofertas de produtos e serviços com preços muito abaixo do mercado.

“Para evitar golpes, os consumidores devem seguir alguns cuidados como garantir que documentos, celular e cartões estejam seguros e com senhas fortes para acesso aos aplicativos, desconfiar de ofertas com preços muito abaixo do mercado, ficar atento com links e arquivos enviados por mensagens, não fornecer senhas e verificar se é realmente a pessoa antes de fazer qualquer transferência. É importante também monitorar o seu CPF com frequência para garantir que não foi vítima de alguma compra ou empréstimo indevido”, destaca Costa.

Metodologia

Público-alvo: População internauta residente nas capitais brasileiras, homens e mulheres, com idade igual ou maior a 18 anos.

Método de coleta: pesquisa realizada via web.

Tamanho amostral: 643 casos e pós ponderada considerando as capitais do país e perfil. Margem de erro no geral de 3,86 p.p. para um intervalo de confiança a 95%.

Data de coleta: A coleta foi realizada entre os dias 02 e 10 de janeiro de 2025.


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