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Brasil

Fumaça das queimadas agrava Covid-19 na Amazônia, avalia estudo multidisciplinar

Problema causou um aumento de 18% no número de casos graves na região.

Estão proibidas queimadas controladas na Amazônia a partir desta segunda (28)

Os moradores de regiões atingidas pelo fogo usado para destruir a floresta amazônica estiveram mais expostos ao risco de agravamento da Covid-19, informa reportagem no jornal Folha de S. Paulo. Essa sinergia tóxica entre queimadas e infecção pelo novo coronavírus é objeto de uma análise inédita realizada durante cinco meses por uma equipe multidisciplinar de jornalistas, geógrafos e estatísticos do InfoAmazonia, em parceria com pesquisadores do LabGama, ligado à Universidade Federal do Acre, e da Fiocruz.

No ano passado, durante o ápice da temporada de queimadas, respirar principalmente em municípios dos estados de Rondônia, Mato Grosso, Acre e Amazonas ficou mais perigoso por causa de dois inimigos invisíveis aos olhos humanos: o vírus pandêmico e o material particulado fino, poluente microscópico que afeta os pulmões.

Os dados revelam como a poluição decorrente das queimadas amazônicas tem um efeito crônico perverso sobre a população que é explicada por uma específica geografia do fogo. Os municípios mais afetados, em diferentes estados, indicam a expansão do arco do desmatamento.

A cada dia em que os finíssimos grãos de material particulado ficaram em suspensão na atmosfera acima do patamar considerado seguro pela OMS, o risco de uma pessoa contaminada pelo novo coronavírus ser internada subia 2%. A fumaça das queimadas esteve relacionada a um aumento de 18% nos casos graves de Covid (aqueles em que houve internações hospitalares) e de 24% em internações por síndromes respiratórias nos cinco estados com mais fogo da Amazônia durante as queimadas de 2020.

Os moradores de Rondônia foram os que mais sofreram. Durante toda a temporada de queimadas, o estado teve o maior aumento de internações relacionadas à fumaça das queimadas. Em setembro, pior mês do ano, os dados mostram quase 26 dias com altos índices de poluição. Nesse contexto, a população viveu com 66% mais de chances de dar entrada no hospital por complicações da Covid-19, indica o estudo exclusivo do InfoAmazonia.

Veja a reportagem completa no UOL.

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