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Brasil

Exército Brasileiro acusa desinformação e nega que deixará de proteger as fronteiras do Brasil na região amazônica

Apesar da passagem do programa Calha Norte para o MIDR, Comando Militar da Amazônia permanece assegurando estado de prontidão nas fronteiras da região.

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O governo brasileiro informou que peças de desinformação repercutem uma falsa retirada dos contingentes do Exército Brasileiro das fronteiras amazônicas. Em nota, diz que os conteúdos desinformativos analisam de maneira equivocada a passagem do programa Calha Norte do Ministério da Defesa para o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR), prevista para 2025. “No entanto, o Exército Brasileiro mantém na região o Comando Militar da Amazônia (CMA)”, informou.

O governo desmentiu um Vídeo publicado pelo deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP) com uma voz não identificada e imagens do Exército brasileiro, abordando a alteração feita no Programa Calha Norte (PCN), que vai migrar do Ministério da Defesa (MD) para o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR). Sobre o vídeo, há o texto: “O Exército sairá da Amazônia e da fronteira por ordem do governo”. Na legenda da publicação: “Depois desse governo teremos de reconquistar o Brasil”.

Segundo o governo, as origens do Comando Militar da Amazônia remontam à própria ocupação da região e a defesa contra invasores no século XVII. “Entre as décadas de 1960 e início dos anos 2000, foram implementadas diversas mudanças na estrutura do Exército Brasileiro na Região Amazônica, e consequentemente, na organização do CMA, com o notável incremento do número de Unidades e consequente aumento do efetivo militar dedicado à proteção e a defesa do território brasileiro na porção Norte do País”, informou.

Segundo o governo, cCriado em 1985, o programa Calha Norte executa obras de infraestrutura, por meio de parceria entre os poderes Executivo e Legislativo, em dez estados: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso dos Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. O objetivo é promover o desenvolvimento sustentável na região Amazônica.

A Agência Brasil, órgão de informação do governo federal, disse que, em 1999, o programa passou a ser conduzido pelo Ministério da Defesa. Em setembro deste ano, um grupo de trabalho interministerial formado entre a pasta e o MIDR foi criado para mapear as ações necessárias para a transferência do programa de um órgão para o outro a partir de 1 de janeiro de 2025. E que o principal motivo dessa mudança é o fato das atividades conduzidas no programa terem mais afinidade com a área da Integração e Desenvolvimento Regional e consideravelmente afastadas da finalidade do Ministério da Defesa.

Segundo Agência, o Calha Norte entrega obras de infraestrutura por meio de parceria com o Poder Legislativo. São obras nas áreas da saúde, educação, esporte, segurança pública e desenvolvimento econômico, beneficiando principalmente as famílias brasileiras mais carentes e vulneráveis.

Os recursos da União são provenientes de emendas parlamentares. Cabe aos deputados federais e senadores indicarem quais municípios serão contemplados e quais obras serão realizadas ou equipamentos adquiridos para atender a população.

O programa Calha Norte abrange, atualmente, abrange 783 municípios, em dez estados (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), dos quais 170 estão situados ao longo dos 14.938 km de faixa de fronteira. Com isso, sua área de atuação corresponde a 59,2% do território nacional, onde habitam cerca de vinte e sete milhões de pessoas, dentre as quais se incluem 90% da população indígena do Brasil.

O Ministério da Defesa divulgou a nota abaixo:

Forças Armadas garantem a proteção das fronteiras na região amazônica

É falso que o Exército brasileiro deixará de proteger as fronteiras do Brasil na região amazônica. As Forças Armadas são responsáveis pela defesa do território brasileiro e pela proteção da soberania nacional e continuam atuando normalmente na proteção das áreas de fronteira.

Já o Programa Calha Norte (PCN), do Ministério da Defesa, é responsável pela realização de obras de infraestrutura, especialmente na região Norte do país. Atualmente, o programa executa obras em 10 estados: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. A partir de 2025, a gestão do PCN será transferida ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR).

A mudança na gestão do programa não acarretará em qualquer alteração nas atividades desempenhadas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica.


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