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Brasil

Em 2020, apenas 55% das meninas entre 9 e 14 anos completaram ciclo vacinal contra o HPV no Brasil

Segundo a Febrasgo, a pandemia afastou ainda mais os adolescentes dos postos de saúde. O Rio de Janeiro é o quarto estado com menor percentual de imunização em meninas e meninos.

Adolescentes são foco da campanha de vacinação. (Foto: Estadão Conteúdo)

Apenas 55% das meninas brasileiras de 9 a 14 anos tomaram as duas doses da vacina contra o HPV, em 2020, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O vírus sexualmente transmissível é o principal causador do câncer de colo de útero, segundo que mais mata mulheres no Brasil.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), todos os anos mais de 16 mil novos casos da doença são identificados no Brasil.

Segundo Cecilia Martins, presidente da Comissão Nacional Especializada em Vacinas da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), para diminuir a circulação do vírus, é importante que se atinja um percentual de 90% de meninas vacinadas.

Ela esclarece que a pandemia contribuiu para piorar o cenário, já que a restrição da circulação de pessoas fez com que os brasileiros se afastassem ainda mais dos postos de saúde. A falta de campanhas locais e a desinformação também são fatores.

“O ministério da saúde disponibiliza as doses e elas ficam sobrando nos postos, pois não há integração com os governos locais para elaborar campanhas para conscientizar a população da importância da vacina. Também há dificuldade de convencer adolescentes de sair de suas rotinas para ir aos postos por conta de um vírus que muitos desconhecem”, diz Cecilia.

A vacina contra o vírus é aplicada gratuitamente pelo Ministério da Saúde, através do Plano Nacional de Imunizações (PNI) e tem como público-alvo meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Entre eles, a taxa de imunização com as duas doses é ainda mais baixa. Apenas 36,4% compareceram aos postos para completar o esquema vacinal.

De acordo com Cecília, a vacinação dos meninos é importante para evitar outros tipos de câncer em órgãos genitais e para diminuir a circulação do vírus.

No ranking de unidades da federação com menor índice de vacinação de duas doses para meninas, o Acre lidera com apenas 33,6% do público-alvo vacinado, seguido por Rio Grande do Norte, com 46,2%, e em terceiro o estado do Pará, com 43,9%.

O estado do Rio de Janeiro vem logo em seguida, com uma cobertura vacinal de 44,6%. Entre os que mais vacinaram, estão Paraná, com 72,7%, Minas Gerais, com 66,8%, e Santa Catarina, com 65,2%.

Entre os meninos, os estados com menor índice de esquema vacinal completo são Acre, com 16,4%, Amapá, com 21,9% e Pará, com 23,3%. Já os que tem o maior percentual de vacinados com as duas doses são Paraná, com 59%, Santa Catarina, com 50,7%, e Espírito Santo, com 48,5%.

A informação é da CNN Brasil.

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