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Brasil

Efeito Debandada: Bolsonaro convoca reunião de última hora com parlamentares e ministro da Economia

O encontro articulado pelo presidente da República tem como objetivo reafirmar o teto do gastos e dar uma demonstração de força ao ministro Paulo Guedes.

O presidente Jair Bolsonaro convocou uma reunião no Palácio da Alvorada às 17h (horário de Manaus) desta quarta-feira (12) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, integrantes da equipe econômica e outros ministros. Parlamentares aliados e lideranças do governo no Congresso Nacional também foram convidados para a reunião. As informações são do jornal O Globo.

Antes da reunião, Bolsonaro fará um pronunciamento. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) , e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), também foram convidados. No encontro, a pauta principal deve ser a “debandada” na equipe econômica, como classificou o próprio Guedes ontem. Também devem ser discutidas mudanças na liderança do governo na Câmara, com a saída do deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO).

No encontro, Bolsonaro deve discutir o teto de gastos. Essa regra está sob ataque de integrantes do governo, mas é defendida por Guedes. Os ministros do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, também foram chamados.

Segundo interlocutores do Planalto, a reunião convocada de última hora tem como objetivo reafirmar o teto do gastos e dar uma demonstração de força ao ministro Paulo Guedes. A debandada de auxiliares do ministro e a própria fala de Guedes de que furar o teto pode levar o impeachment do presidente Bolsonaro gerou uma enorme desconfiança sobre a permanência de Guedes do cargo

Mais cedo, Bolsonaro afirmou que “é normal a saída de alguns” do governo. Deixaram o governo Salim Mattar, por conta da demora nas privatizações, e Paulo Uebel, que cuidava da reforma administrativa, que está travada. Bolsonaro afirmou ser compreensível alguns ministros buscarem mais recursos para obras essenciais, mas ressaltou o compromisso do governo com “a responsabilidade fiscal e o teto de gastos”, além de defender a privatização de “empresas deficitárias”.

Sem citar nomes, Bolsonaro escreveu nesta quarta-feira que “em todo o governo, pelo elevado nível de competência de seus quadros, é normal a saída de alguns para algo que melhor atenda suas justas ambições pessoais” e acrescentou que os dois secretários “vão para uma outra atividade muito melhor”.

Ao mesmo tempo, o presidente explicou as dificuldades na agenda econômica. Disse que “privatizar está longe de ser, simplesmente, pegar uma estatal e colocá-la numa prateleira” e ressaltou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a venda de “empresas-mãe” precisa ter um aval do Congresso.

Além disso, em referência à reforma administrativa, afirmou que “os desafios burocráticos do estado brasileiro são enormes e o tempo corre ao lado dos sindicatos e do corporativismo e partidos de esquerda”.

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