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Brasil

Desmatamento na Amazônia destrói mais de 1,2 mil campos de futebol por dia, mesmo com queda em agosto, diz Imazon

Os dados divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostram uma queda de 41% em relação ao mesmo mês de 2024.

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O desmatamento na Amazônia segue com números preocupantes. Foram devastados 388 km² de floresta em agosto de 2025 — o equivalente à perda de mais de 1,2 mil campos de futebol de floresta por dia. Ainda assim, os dados divulgados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) mostram uma queda de 41% em relação ao mesmo mês de 2024.

Para a pesquisadora do Imazon, Manoela Athaide, os resultados devem ser interpretados sob uma ótica diversa. “Apesar do avanço, a pressão sobre a região permanece elevada. Para que a redução continue, é necessário fortalecer as fiscalizações ambientais, ampliar o monitoramento, combater a grilagem e as queimadas, além de promover alternativas econômicas sustentáveis”, afirma.

Ela ressalta que a variação dos índices pode refletir múltiplos fatores, incluindo aspectos naturais e sazonais. “A queda no desmatamento e da degradação ambiental em agosto de 2025 pode ser vista como um resultado inicial de possíveis estratégias de combate ao desmatamento, mas também reflete fatores naturais e climáticos que influenciam a dinâmica da floresta”, explica.

 

Série

De janeiro a agosto deste ano, o levantamento aponta 2.014 km² de floresta perdidos, uma redução de 20% em relação a 2024. O número é positivo quando comparado aos picos históricos de 2021 (7.715 km²) e 2022 (7.943 km²), mas ainda representa uma extensão de floresta destruída quase três vezes maior que a área da cidade de Salvador, capital da Bahia.

Os estados do Acre (26%), Amazonas (26%) e Pará (23%) responderam por 75% de toda a área desmatada na Amazônia em agosto de 2025. Apesar do aparente equilíbrio na distribuição entre os três, o Acre se destacou negativamente: além de ser o que mais perdeu cobertura vegetal no mês, teve quatro municípios entre os dez mais desmatados. O Amazonas concentrou outros três.

Municípios

Entre os dez municípios mais impactados pela degradação, quatro estão no Pará, três no Mato Grosso, dois no Acre e um em Rondônia. Outras três ficam em Rondônia, duas no Acre, uma no Amazonas e outras em Roraima, Amazonas e Mato Grosso.


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