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Brasil

Datafolha: população do Norte e Centro-Oeste se divide sobre volta ao trabalho

A pesquisa mostra que 48% da população das duas regiões acham que as pessoas deveriam sair para trabalhar, contra 47% que acham o contrários, deveriam continuar em isolamento.

Nas regiões Norte e Centro-Oeste, o percentual dos que defendem que as pessoas que não estão no grupo de risco deveriam sair para trabalhar empatou tecnicamente com o dos que defendem o isolamento social, de acordo com a última pesquisa Datafolha, divulgada na última terça-feira.

A pesquisa mostra que 48% da população das duas regiões acham que as pessoas deveriam sair para trabalhar, contra 47% que acham o contrários, deveriam continuar em isolamento. Só 5% não souberam responder. São considerados grupos de risco para a Covid-19 idosos e pessoas com comorbidades como cardiopatia, diabetes e doença renal.

A pesquisa mostra que, nacionalmente, o apoio a um isolamento social amplo para conter o coronavírus divide a população brasileira e está em queda. Pela primeira vez desde o início da pandemia,
há empate técnico entre os que defendem a volta ao trabalho dos que estão fora dos grupos de risco e os que apoiam a permanência deles no isolamento.

A proporção de brasileiros que defendem que as pessoas fora dessa categoria deveriam sair para trabalhar passou de 37%, no início de abril, para 41% em 17 de abril e para 46% na pesquisa
realizada nesta segunda-feira (27). Já os que apoiam o isolamento amplo, inclusive de quem está fora dos grupos de risco, passaram de 60% no início de abril para 56% no dia 17 e, agora, para 52%.

O Datafolha entrevistou na segunda-feira por telefone 1.503 brasileiros adultos com celular em todos os estados do país. A margem de erro é de três pontos percentuais.

A pesquisa também mostrou que, no Norte e Centro-Oeste, 52% disseram que estão saindo de casa só quando é inevitável e 30% disseram que estão tomando cuidado, mas ainda saindo de casa
para trabalhar ou fazer outras atividades. Só 14% disseram estar totalmente isolado, sem sair de casa de jeito nenhum.

 

Mais ricos

O apoio ao isolamento seletivo é maior entre os mais ricos —58% dos ganham mais de dez salários mínimos defendem essa posição, contra 44% dos que recebem até dois salários. Os mais ricos são também são aqueles que mais cumprem a quarentena, com índice de 71% (56% dizem sair só quando inevitável e 15%, nunca).

Os mais pobres, que recebe até 2 salários mínimos, empatam com os mais ricos em isolamento (71%, sendo 17% totalmente isolados). Mas 3% deles dizem não ter alterado em nada a rotina,
contra apenas 1% dos mais ricos.

Segundo o levantamento, a proporção dos que defendem manter as pessoas em casa mesmo que isso prejudique a economia se mantém estável em relação à pesquisa do dia 17 de abril, em 67%.

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