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Brasil

Datafolha: maioria no Norte e Centro-Oeste é contra renúncia de Bolsonaro

A renúncia do presidente Jair Bolsonaro em meio à sua atuação no combate à Covid19 é rejeitada por 59% dos brasileiros.

As regiões Norte e Centro-Oeste, 30% dos entrevistados se declararam a favor da renúncia do presidente Jair Bolsonaro. No Sudeste, 37%. A região Nordeste segue a tendência geral do levantamento e registra o maior índice de apoiadores da renúncia de Bolsonaro: 47%. Já o Sul, região bolsonarista na eleição, vem com 28% de apoio à renúncia. Os números são da última pesquisa Datafolha, publicados neste domingo no UOL.

A renúncia do presidente Jair Bolsonaro em meio à sua atuação no combate à Covid19 é rejeitada por 59% dos brasileiros. Já 37% desejam que ele renuncie, conforme vem sendo pedido por políticos de oposição, e 4% não sabem dizer.

A pesquisa do Datafolha com 1.511 entrevistados, feita por telefone de 1º a 3 de abril. A margem de erro é de três pontos. Apesar de o levantamento apontar que apenas 33% dos ouvidos consideram a gestão da crise sanitária pelo presidente da República como boa ou ótima, 52% creem que ele tem condições de seguir liderando o país. Para 44%, Bolsonaro perdeu tais condições, e 4% não souberam responder.

A pesquisa Datafolha mostra que a renúncia do presidente tem maior apoio entre jovens (44%),
mulheres (42%), os que têm até o ensino fundamental (40%) e quem tem renda mensal acima
de 10 salários mínimos (39%). Já a rejeição ao gesto tem maior apelo entre quem ganha de 5 a 10 mínimos (69%), homens (65%) e quem ganha de 2 a 5 mínimos (64%).

Quando a pergunta é sobre a capacidade de liderança do presidente da República. Bolsonaro é visto como capaz por 62% no Sul, 60% no Norte/Centro-Oeste, 49% no Sudeste e 47% no Nordeste —onde empata com os que o acham incapaz (49%).

O Datafolha também questionou o grau de conhecimento das pessoas acerca do pronunciamento do presidente em rede nacional na última terça-feira (31), no qual ele tentou moderar seu tom negacionista da crise.

Viram a fala de Bolsonaro 57% dos brasileiros. Desses, 23% acham que ela ajudou a gestão da crise, 26% não viram nem vantagem nem desvantagem, e 5% creem que ela atrapalhou. Os mais instruídos e ricos foram os que mais viram: 78%, e também são os que mais a aprovaram como positiva: 35% e 38%, respectivamente.

Telefone evita abordagem

O Datafolha informou que a pesquisa telefônica procura representar o total da população adulta do país, mas não se compara à eficácia das pesquisas presenciais feitas nas ruas ou nos domicílios. Por isso, apesar de aproximadamente 90% dos brasileiros possuírem acesso pelo menos à telefonia celular, o Datafolha não adota o método em pesquisas eleitorais, por exemplo.

O método telefônico exige questionários rápidos, sem utilização de estímulos visuais, como
cartão com nomes de candidatos. Além disso, torna mais difícil o contato com os que não podem atender ligações durante determinados períodos do dia, especialmente os de estratos de baixa classificação econômica. Assim, mesmo com a distribuição da amostra seguindo cotas de sexo e idade dentro de cada macrorregião, e da posterior ponderação dos resultados segundo escolaridade, os dados devem ser analisados com alguma cautela.
Na pesquisa divulgada na sexta (3), feita dessa forma para evitar o contato pessoal entre
pesquisadores e respondentes, o Datafolha adotou as recomendações técnicas necessárias para
que os resultados se aproximem ao máximo do universo que se pretende representar.

Todos os profissionais, segundo o Datafolha, trabalharam em casa, incluídos os entrevistadores, que aplicaram os questionários de suas casas através de central telefônica remota. Os limites impostos pela técnica telefônica não prejudicam as conclusões pela amplitude dos resultados apurados e pelos cuidados adotados.

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