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Brasil

Custo extra da energia elétrica será de R$ 1,4 bilhão caso usinas nucleares fechem em 2021

O valor corresponde a um acréscimo de 5,1% no gasto total da conta de luz dos brasileiros se Angra 1 e 2 forem desligadas por falta de combustíveis.

As usinas nucleares Angra 1 e 2, em Angra dos Reis, no litoral sul do estado do Rio de Janeiro, correm o risco de serem desligadas por falta de combustível em 2021. O alerta foi feito pelo Ministério de Minas e Energia (MME) ao pedir mais recursos no Orçamento deste ano ao Ministério da Economia, revelam documentos obtidos pelo jornal O Globo.

Não há risco para o abastecimento de energia no Sudeste, principalmente no Rio e em São Paulo, dizem os técnicos. Mas a energia ficaria mais cara, porque para substituir as nucleares, seria necessário acionar usinas termelétricas com custos mais altos, além de mais poluentes, segundo reconhece o próprio MME.

A estimativa é que o custo extra para os consumidores seria de R$ 1,4 bilhão por ano, que corresponde a um acréscimo de 5,1% no gasto total de energia dos brasileiros. “Pode-se afirmar que as UTNs (termo técnico para usinas nucleares) Angra 1 e 2 têm um papel fundamental no atendimento eletroenergético ao subsistema Sudeste/Centro-Oeste e ao Sistema Interligado Nacional (SIN)”, diz o documento.

As duas únicas usinas nucleares em funcionamento no País respondem, por ano, por 10,3% da capacidade de geração do sistema Sudeste/Centro-Oeste, segundo dados do próprio Ministério de Minas e Energia. Em 2019, juntas, as usinas de Angra produziram energia suficiente para abastecer, com sobra, o estado de Pernambuco, de acordo com informações da Eletronuclear.

O combustível necessário para gerar energia nas usinas é fornecido pela estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), em Resende, no Sul Fluminense. A empresa informou que precisa de mais R$ 314,3 milhões para a compra de matérias-primas necessárias à fabricação do combustível para a recarga anual de Angra 1 e 2, segundo o MME manifestou dentro do governo.

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