Brasil
Correios dizem que prejuízo dispara e chega a R$ 2,6 bilhões no 2º trimestre de 2025
Resultado negativo é cinco vezes maior que o do mesmo período do ano passado.

Os Correios registraram prejuízo de R$ 2,640 bilhões no segundo trimestre de 2025, segundo balanço divulgado na noite desta sexta-feira. O valor é cinco vezes superior ao do mesmo período de 2024, quando a empresa teve resultado negativo de R$ 553 milhões. A estatal enfrenta uma crise financeira e tenta adotar medidas para reduzir custos e ampliar receitas a fim de reverter a trajetória de perdas.
Ao longo de todo o primeiro semestre deste ano o prejuízo chegou a R$ 4,37 bilhões. No mesmo período do ano passado, o resultado negativo foi de R$ 1,35 bilhão.
A crise financeira da empresa e dificuldades de implementar um plano de corte de despesas levou o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, a entregar sua carta de demissão ao presidente Lula no início de julho. Contudo, ele continua no cargo e aguarda uma solução para o caso.
Nas notas explicativas que fazem parte do balanço, os Correios afirmam que, apesar das medidas estratégicas, enfrentam restrições financeiras “decorrentes de fatores conjunturais externos que impactaram diretamente a geração de receitas”.
“Entre os principais motivos, destaca-se a retração significativa do segmento internacional, em razão de alterações regulatórias relevantes nas compras de produtos importados, que provocaram a queda do volume de postagens e o aumento da concorrência, resultando na redução das receitas vinculadas a esse segmento”, afirma a empresa, referindo-se à “taxa das blusinhas”, a cobrança sobre produtos importados de pequeno valor.
A empresa afiram que implementou um plano de recuperação que contempla um conjunto de iniciativas de eficiência. “As ações priorizam o incremento de receitas, por meio da diversificação de serviços e da expansão da atuação comercial, bem como a otimização e racionalização das despesas e a redução de custos operacionais, preservando a universalização dos serviços e assegurando ganhos de produtividade e sustentabilidade financeira”.
Para se ter uma ideia, em todo o primeiro semestre, a receita bruta de vendas e serviços somou R$ 8,52 bilhões. Uma queda nominal de 11,3% em relação a mesmo período de 2024. O serviço de postagem internacional, afetado pela taxa das blusinhas, levantou só R$ 815,2 milhões — um tombo de 61,3% em relação ao ano passado.
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