Brasil
Cirurgia de Bolsonaro termina após 11 horas de procedimento para desobstruir intestino
Ex-presidente foi submetido a intervenção em Brasília.

Após cerca de onze horas de cirurgia, os médicos que acompanharam o ex-presidente Jair Bolsonaro terminaram a operação de desobstrução do intestino. Segundo pessoas próximas ao ex-presidente, os profissionais finalizaram a intervenção para descolar as chamadas “aderências” no órgão, que já passou por outras seis cirurgias desde a facada de 2018.
Bolsonaro passou mal na sexta-feira no Rio Grande do Norte, após sentir os efeitos da retenção intestinal, e foi transferido no sábado para a capital do Distrito Federal. A operação começou pouco depois das 10h deste domingo, no DF Star. O problema de saúde é uma sequela do ataque desferido há sete anos.
Pouco antes do término da operação, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) falou sobre o caso a jornalistas e apoiadores do ex-presidente
“Toda cirurgia no intestino é delicada e não estamos falando de um menino, é uma pessoa que já tem uma idade e que ja passou por essa cirurgia. São sequelas, a família sempre soube que ele nunca teria uma vida normal depois que tentaram mata-lo
O ex-presidente passou por uma “laparotomia exploradora”, cirurgia que consiste em cortar o abdome para examinar os órgãos internos. No caso de Bolsonaro, houve o diagnóstico de retenção do fluxo do intestino. O objetivo, então, foi descolar “aderências” que bloquearam a digestão do ex-presidente. Depois, houve a reconstrução da parede abdominal, feita para reforçar a musculatura dessa parte do corpo.
Na noite de sábado, um dos médicos da equipe que acompanha o ex-presidente, Leandro Echenique explicou como seria feita a cirurgia.
— É uma cirurgia aberta, que vai corrigir essa parte da obstrução das alças (intestinais). Vai tirar a tela (implante que reforça a musculatura) que ele tem, recolocar, então vai ser feita (a desobstrução). Então é uma cirurgia bem extensa. Veja bem, é um abdome que já foi muito manipulado, desde 2018, quando ocorreu a facada.
Mais cedo, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse que a cirurgia no intestino de Bolsonaro deveria terminar entre 19h e 20h.
Nas redes sociais, ela falou sobre o procedimento. Perto de 18h, escreveu: “A cirurgia continua. Os marcadores estão normais e o quadro segue estável. A equipe médica informou que ainda há uma previsão de mais 1 a 2 horas de procedimento. Assim que eu tiver novas informações do centro cirúrgico, compartilhareu aqui com vocês. Obrigado pelas orações, pelo carinho e por estarem conosco nesse momenoto tão delicado. Que Deus continue abençoando cada um!”.
A ex-primeira dama já havia adiantado que a cirurgia seria longa.
Durante a tarde, em outra publicação, Michelle disse que Bolsonaro estava com “muitas aderências” e, por isso, o procedimento cirúrgico deveria demorar mais do que o esperado.
O ex-presidente participava na sexta-feira de manhã de um ato político no Rio Grande do Norte quando começou a sentir dor na região da barriga. Ele foi atendido às 11h15 num hospital na cidade de Santa Cruz, a 115 quilômetros da capital potiguar, e depois foi transferido para Natal. Segundo boletim médico anterior, Bolsonaro apresentava um quadro de distensão abdominal.
Ao avaliar a situação de saúde de Bolsonaro, a equipe médica ficou preocupada com indícios de piora no quadro apresentado pelo ex-presidente, que, desde a facada, tem histórico de interrupção do trânsito no intestino que é controlado a partir de medicação.
— Da forma como ele chegou, bastante desidratado, [com] muita dor e distensão abdominal exuberante, dá para dizer com alguma segurança que esse foi o quadro mais exuberante em relação aos quadros anteriores que ele apresentou. Embora eu não tenha acompanhado presencialmente as outras ocasiões — afirmou em coletiva o médico Claudio Birolini, que acompanha o quadro clínico de Bolsonaro e participou da cirurgia em Brasília.
Alguns conselheiros queriam que ele fosse acompanhado em São Paulo pela equipe do médico Antonio Luiz Macedo, que monitora o estado de Bolsonaro desde a época da facada em 2018. Michelle Bolsonaro, porém, se opôs à ideia e optou por realizar a cirurgia em Brasília, sob os cuidados de Birolini, especialista em parede abdominal.
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