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Brasil

Chuvas na Amazônia e no Pantanal ficaram até 40% abaixo do normal em 2024, aponta OMM

Documento analisou os impactos dos eventos extremos do clima na América Latina e no Caribe no último ano.

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As chuvas na Amazônia e no Pantanal ficaram entre 30% e 40% abaixo do normal em 2024. Isso é o que mostra um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM), divulgado nesta sexta-feira (28).

O documento, intitulado “Estado do Clima para a América Latina e o Caribe 2024”, analisou os impactos dos eventos extremos do clima na região no último ano.

“Em 2024, os impactos climáticos se espalharam dos Andes à Amazônia, de cidades populosas a comunidades costeiras, causando grandes problemas econômicos e ambientais”, comenta a Celeste Saulo, secretária-geral da OMM.

Com relação ao Brasil – além da diminuição das chuvas na região amazônica e no Pantanal –, o relatório destaca:

O nível mais baixo já registrado no Rio Negro, em Manaus.
As enchentes no Rio Grande do Sul, que deixaram 180 mortos e prejuízos de cerca de R$ 8,5 bilhões ao setor agrícola.

O documento também relembra que o ano de 2024 foi o mais quente já registrado na América do Sul, fator que contribuiu tanto para eventos como seca severas quanto para derretimento de geleiras.

Outro ponto de destaque do relatório é a velocidade alarmante do derretimento das geleiras na América do Sul.

A Venezuela, por exemplo, perdeu sua última geleira, a Humbolt, e se junta à Eslovênia como os dois primeiros países a perderem todas as suas geleiras.

Além disso, duas geleiras – a Conejeras e a Martial Sul – foram declaradas extintas em 2024.

“Desde o século XIX, os Andes perderam 25% de sua cobertura de gelo. As geleiras tropicais da região estão derretendo dez vezes mais rápido que a média global”, reforça o documento.

O relatório também alerta que uma das principais consequências do degelo é a elevação do nível do mar, que já acontece em ritmo acelerado e ameaça comunidades costeiras.

Esperança com energia renovável

Como esperança em meio a um cenário de caos climático, a organização aponta os avanços na geração de energia renovável na América Latina e no Caribe, que atingiu 69% da matriz energética da região em 2024.

O documento destaca iniciativas como:

o desenvolvimento de previsões de vento baseadas em IA na Costa Rica;
o modelo de estimativa de evaporação para painéis solares flutuantes no Chile;
a criação de atlas nacionais de vento e de sol para apoiar o planejamento de longo prazo no Chile, Colômbia e Equador.
A capacidade de energia solar e eólica cresceu 30% em relação a 2023, ainda destaca o relatório.


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