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Brasil registrou 273 mortes de LGBTI+ em 2022; uma, a cada 32 horas, diz dossiê

O relatório do Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil revela que as mulheres trans ou travestis continuam a ser o principal grupo afetado pela violência e pelo preconceito.

O Brasil somou 273 mortes de pessoas LGBTI+ em 2022, entre assassinatos, suicídios e causas correlatas, aponta dossiê organizado por associações da sociedade civil. O número apresentado representa uma queda de 13,6% dos casos, quando comparado a dados do ano anterior. Ainda assim, o país segue na liderança entre as nações com mais mortes entre membros da população LGBTI+ no mundo.

O relatório do Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil revela que as mulheres trans ou travestis continuam a ser o principal grupo afetado pela violência e pelo preconceito. Elas representam 58% dos casos, o equivalente a 159 registros contabilizados. Em seguida, aparecem os homens cis e gays, com 35% dos episódios. Lésbicas e homens trans, por sua vez, somam 2,93% cada um.

O levantamento foi apresentado na terça-feira (16/5), durante programação do Dia Internacional de Enfrentamento à Violência contra as Pessoas LGBTQIA+, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). Nesta quarta-feira (17/5), comemora-se o Dia Mundial e Nacional de combate à LGBTfobia.

“Ao nos deparar com dados tão injustos e que condizem com a realidade da população LGBTI+, reforçamos que a ideia do dossiê é buscar contribuir com uma série de recomendações de políticas públicas que podem ser implementadas no combate a essas formas de violência”, afirmou Alexandre Bogas, diretor executivo da associação civil Acontece LGBTI+, ao MDHC.

Uma morte a cada 32 horas

A partir das informações apresentadas, o documento conclui que o Brasil mata um LGBTI+ a cada 32 horas. Com essa média, a nação é a responsável pelo maior número de mortes do grupo minoritário em todo o mundo.

Em 2021, quando o país contabilizou 316 casos, um monitoramento da organização internacional Transgender Europe (TGEU) revelou que 70% dos episódios aconteceram na América do Sul e Central, com o Brasil à frente das nações vizinhas.

Mortes em 2023

Durante apresentação do monitoramento, as organizações civis adiantaram as informações sobre 2023. Até o mês de abril, 80 mortes de pessoas LGBTI+ já aconteceram no Brasil. Mais uma vez, a população de travestis e mulheres trans lideram os dados, com 62,50% dos casos.

De acordo com o Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, 2.223 denúncias de violações de direitos humanos foram contabilizados contra os grupos minoritários até abril deste ano. Os relatos representam quase 25 mil violações de direitos, aponta o quadro.

 

A informação é do site Metrópoles.

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