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Brasil registra quase 90 mil casos em 24h nesta quarta-feira (12/01), mostra consórcio de imprensa

Ministro da Saúde diz que Ômicron é desafio e traz ‘perspectiva de colapso’ de sistemas de saúde.

O vacinômetro da Prefeitura também aponta que apenas 58,90% da população da cidade concluiu o esquema vacinal - Foto: Divulgação

O vacinômetro da Prefeitura também aponta que apenas 58,90% da população da cidade concluiu o esquema vacinal – Foto: DivulgaçãoO vacinômetro da Prefeitura também aponta que apenas 58,90% da população da cidade concluiu o esquema vacinal – Foto: Divulgação

O Brasil registrou, nesta quarta, 138 mortes por Covid-19, elevando para 620.419 o total de vidas perdidas no país para o coronavírus. A média móvel foi de 123 óbitos, 7% maior do que o cálculo de duas semanas atrás, o que demonstra tendência de alta.

Os dados são do consórcio formado por EXTRA, O Globo, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo e reúne informações das secretarias estaduais de Saúde divulgadas diariamente até as 20h. A iniciativa dos veículos da mídia foi criada a partir de inconsistências nos dados apresentados pelo Ministério da Saúde.

Nas últimas 24 horas, 88.464 novos casos foram notificados pelas secretarias de saúde, totalizando 22.718.606 infectados pelo Sars-CoV-2. A média móvel foi de 52.714 diagnósticos positivos, 614% maior que o cálculo de 14 dias atrás, o que demonstra tendência de alta.

Em meio às incertezas do cenário da pandemia, a variante Ômicron traz desafios diante do receio de surto de Covid-19 e das possibilidades de colapso do sistema de saúde e de aumento do número de mortes. A avaliação é do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que ainda não vê esse cenário ocorrer no Brasil.

— Estamos enfrentamos outro desafio: a variante Ômicron. Essa variante, que foi inicialmente identificada na África, e, rapidamente, se espalhou em todo o mundo, trazendo incertezas, trazendo receio às pessoas de um novo surto de casos, um novo impacto no sistema de saúde com a perspectiva de colapso e perdas de vidas.

Para o ministro, a vacinação tem barrado casos graves ocasionados pela cepa em outros países, onde já domina as infecções.

— Nós já temos notícias de outros países onde essa variante se tornou prevalente e que há número realmente grande de casos, mas os sistemas de saúde não têm sido tão pressionados, sobretudo naquelas populações que estão fortemente vacinadas. O Brasil tem ainda alguns estados em que a vacinação não chegou ao nível que desejávamos — comepltou o cardiologista.

As declarações foram dadas em fórum realizado pela Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid) em meio avanço da Ômicron no Brasil, onde também prevalece, segundo Queiroga. Até o momento, estudos apontam que a cepa e mais transmissível, mas gera casos de menor gravidade pelo falo de o vírus se reproduzir mais nas vias superiores que nos pulmões.

— Nós temos que ter otimismo, mas um otimismo com muita cautela, porque todo cuidado é sempre bem-vindo. Graças a algumas mutações que esse vírus conseguiu, emergiu essa variante. Embora seja muito mais transmissível do que outras variantes, tem uma característica que envolve mais as vias aéreas superiores, trazendo uma sintomatologia um pouco distinta. Embora haja um escape imunológico, em relação às vacinas e às infecções prévias, o reforço dá uma esperança maior e uma maior proteção — afirmou a titular da Secovid, Rosana Leite de Melo.

Não se sabe ao certo, contudo, os impactos nos números da pandemia em meio à disparada de casos, já que o Brasil está sob um apagão de dados desde 10 de dezembro. A pasta informou que já normalizou a integração dos sistemas, mas a previsão de especialistas é que o represamento ainda impacte as estatísticas no próximo mês. Nova previsão indica que sistemas serão reestabelecidos até sexta.

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